sábado, 24 de novembro de 2012

HISTÓRIA DE IBIRAÇU E DOS IMIGRANTES ITALIANOS

Em um grande número de fazendas desbravadas pelos imigrantes italianos no município de Ibiraçu era comum até recentemente se encontrar funcionando moinhos tocados por força das quedas d'água e que eram usados para moagem de cereais, principalmente para o fubá de milho, matéria prima básica com o qual se fazia a polenta, alimento pioneiro da culinária da imigração italiana em  Ibiraçu, cultura que ainda persiste entre muitos habitantes. Além de moinho para o fubá, haviam os de café e as pilas de arroz. 

Muitos fazendeiros aproveitavam conjuntamente a força d'água e instalavam pequenos dínamos para produzirem eletricidade e acender algumas lâmpadas, principalmente nas casas sedes das fazendas, que naturalmente tinham prioridades exclusivas, diante da carência e da privatividade dos investimentos, que provavelmente não deveriam contar com o apoio público. 

Somente no final da existência do município de Pau Gigante, que aconteceu em 1942, foi que o município de Ibiraçu passou a ter energia pública, gerada a partir da hidrelétrica da Barragem. Contudo, não sabemos afirmar a quem cabia a arrecadação dos  tributos da hidrelétrica, se é que havia,  e a quem pertencia, se ao Estado ou ao Município.     

Resquícios do aqueduto em um moinho de fubá que era consorciado com um gerador de energia
para a sede da fazenda de Cachoeiro Comprido, que apesar de manter esse 
nome, hoje a localidade é mais conhecida por Barragem. 

Cascata, outrora por gravidade suas águas tinham força para tocar moinho 
e produzir energia e  hoje uma realidade totalmente prejudicada

A Cascata, que atualmente tem queda  d'água prejudicada por algumas circunstâncias, no inicio  da colonização foi literalmente a fonte de energia da fazenda da família Pignaton, logo abaixo da cachoeira. Por gravidade, durante décadas a família Pignaton produzia fubá de milho no moinho que possuíam, tanto para a família como para outros colonos, solidariedade muito comum na época. 

Não sabemos informar se os Pignatons, também, produziam energia para a sede de suas fazenda que tinha no seu entorno inúmeras outras moradias, geralmente habitadas por pessoas da própria família que se casavam e passavam a viver separadamente, mas nas proximidades da sede.    




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