segunda-feira, 19 de novembro de 2012

FILHO DE IBIRAÇU

Carlos Alberto Foresti, agradeço por seus comentários, sempre positivos. Você, conforme resenhou anteriormente sobre o campinho da casa de seu 'Dodô', provavelmente passou boa parte de sua infância na região da Biquinha. A Biquinha, assim como minha e de muitas outras pessoas de  Ibiraçu, é um pedaço de sua vida. Ela gera satisfação.

Abraços!

2 comentários:

Unknown disse...

Você acertou, passei a maior parte de minha infância na região. Muitas são as lembranças boas daquela época. Vou resumir ao máximo algumas e com certeza nossos amigos irão recordar. As partidas de futebol no campo da biquinha, entre o time do Campagnaro e o da Cohab eram disputas muito acirradas. Pegar mel nas colmeias das abelhas que se instalavam entre o barranco acima da bica e o enorme pé de ingá que nos fornecia muitos frutos. As caçadas de rolinhas na biquinha com estilingue feito dos galhos de uma árvore de nome "espirradeira" que ficava no quintal da Dona Assunta. Os balanços feitos nos galhos do grande molembá que ficava a uns 50 metros acima da biquinha. As pescarias na "lagoa do senhor Chico", quantas traíras fritas eu comi não lembro. Também juntavamos uma garotada para ir tomar banho na lagoa. Havia um curral alí próximo e o senhor Eliseu é quem ordenhava as vacas. Gostava de ir colher inhames bem em frente onde você Ruberval mora atualmente, o charco se formava na entrada dos chiqueiros de porcos do Modenese. Sempre que as porcas davam crias, corriamos para ver. Meu tio Eugenio Foresti trabalhava no local. Meu pai trabalhava na serraria do Modenese e durante a noite fazia caixotes para verduras, eu ia com os meus irmãos ajudar. As frutas na região eram diversas: cajá em um quintal ao lado do atual campinho, atiravamos pedras e eles caiam na vala que se formava nos chiqueiros, e tinhamos que ir lavá-los na água da biquinha. As jacas moles "as melhores que já comi" eram tiradas no quintal do seu João "que Deus o tenha". Ingás eu já falei. Para adoçar chupavamos muita cana do canavial do senhor Rosalém. O mesmo que nos presenteava com brinquedos todo natal, eram "bolas e carrinhos de boi" para os meninos e bonecas para as meninas. Eu cheguei a trabalhar para ele na pastelaria, gostei muito do emprego. Ainda nas frutas havia uns pés de banana ao lado do campinho de futebol e sempre escondiamos bananas verdes para madurar no mato. Que bananas docinhas e sem agrotóxico eram aquelas...

Depois eu conto mais, as lágrimas chegaram, pois algumas das pessoas que relatei, entre elas meu pai e meu tio já se foram. A saudade é muito grande desculpa.

Unknown disse...

Papai Luiz Foresti só deixou boas lembranças.