Não gosto de falar de pássaros, devido a sacanagem que fiz com um deles, conforme narro, do que sempre me lembro, sem nunca ter me perdoado, apesar da sorte.
Certa manhã de minha infância, em companhia de amigos fui pescar de anzol no rio Parque Alegre, próximo a fazenda do senhor Guilherme Conti. Á água do rio estava bem transparente que nos permitia ver os peixes no fundo do rio.
Coloquei o anzol na água e fiquei segurando a iba bem quietinho para não tremer a linha e espantar os peixes. Quando estava para fisgar um peixe, um pássaro preto pequeno da espécie Tiziu, que para cantar, vira várias cambalhotas verticais do ponto que se encontra para cima e volta ao mesmo ponto de saída. Com sua ação, o pequeno Tiziu fez com que a iba tremesse e assim espantando o peixe.
Prossegui com meu intento de fisgar o peixe e voltei a colocar a vara n´água. Passado algum tempo o peixe voltou a se aproximar da isca. No momento de pegá-lo, eis que me volta o Tiziu e pousa na ponta da vara fazendo-a tremer e assim espantar novamente o peixe. Depois de repetitivas presepadas do Tiziu, ou seja, pousar, pular, cantar, dar cambalhotas e voltar a vara do anzol. quem decidiu sacaneá-lo fui eu, diante da obstrução do pássaro para que pegasse o peixe, de quem mais o Tiziu se parecia guarda-costa. E assim fiz. Coloquei o anzol no rio e segurei a vara de pescar. No momento que o peixe se aproximou, o tiziu cantou próximo e voou em direção a vara. Na hora que ele pousou, afundei a vara de pescar na água com rapidez e agilidade, dando-lhe um caldo que sumiu de uma vez. De lambuja acertei a vara de anzol no peixe que ficou tonto e o peguei de mão dentro d´água.
E assim prossegui com minha vida de pescador até há poucos anos, depois de descobrir que tinha sorte para este esporte.
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