sexta-feira, 30 de novembro de 2012

UMA CULTURA A SER IMPORTADA PELOS IBIRAÇUENSES

Há cinco anos, plantei no barranco dos fundos de minha casa algumas mudas de "Era", uma espécie de vegetação que cobre e protege muros e barrancos. Na oportunidade que plantei, simultaneamente escrevia no antigo Ibirinha, quando ainda não tínhamos como mostrar uma foto da barreira da época, totalmente descoberta, de terra crua. Lembro-me ter citado no artigo que as barreiras cortadas se parecem com feridas na natureza, como se fosse a carne. Disse ainda que as pessoas que fazem as barreiras, precisariam serem obrigadas por lei a ocultá-la com vegetação, seja era ou grama, ou com muros de arrimo, mas de forma que escondesse a ferida realizada, porque a sociedade não está obrigada a ver, inerte, tamanha violência ao meio ambiente, o que precisa ser  imperativo pelo poder público, mas apoiar e incentivar essa iniciativa, caso ocorra no setor privado. Também propus no mesmo artigo postado naquele Ibirinha, que a municipalidade cultivasse ou comprasse mudas de "Era" e inserisse nos barrancos que existem por toda nossa cidade, que são muitos, devido termos uma geografia íngreme, além do centro de Ibiraçu ser cortado por muitas estradas, desde BR, rodovias e até ferrovia, que para suas construções muitos barrancos altíssimos  precisaram ser feitos. Outro problema que a geografia íngreme da  nossa cidade  traz são as erosões, conforme ocorreu aqui na Biquinha na Enchente de Reis em 2009, mas que desde aquela data passamos a recuperar não somente com a vegetação "Era" mas com muros de arrima, sempre preocupado com o melhoramento do paisagismo do centro de Ibiraçu. 

Nossa   parte estamos fazendo para proteger os  barrancos,  
cultura que começamos há cinco anos, quando plantamos
cinco  mudas de R$ 2,00 cada e que mediam menos
de vinte  centímetros cada uma

Lamentavelmente a proposta que apresentamos no referido artigo não avançou e nem sequer foi debatida. Contudo, não vamos desistir de fecundarmos essa ideia em Ibiraçu, porque motivos temos para difundir essa espécie de cultura em nossa sociedade, ou seja, exigir legalmente do responsável a recuperação imediata das feridas produzidas na natureza. Querendo ou não, temos alguma relação com a   cultura japonesa, através do Mosteiro Budista de Ibiraçu, e a proposta que apresentei é Lei  no Japão há décadas. Se em Ibiraçu houvesse uma parceria do poder público com a sociedade, havendo distribuição de mudas, ou colaboração nos muros de arrimo, poderemos mostrar as  milhares de pessoas que passam por  nossa cidade  todos os dias pela BR 101 que sabemos dar valor as coisas simples mas que se tornam grandioso o seu  valor.      


Se há cinco anos, quando sugerimos no antigo Ibirinha, mudas de "Eras" 
tivessem sido distribuídas as pessoas que tem barreiras em seus lotes e 
propriedades, e se a municipalidade tivesse plantado algumas mudas 
pelas inúmeras barreiras que há na cidade de Ibiraçu, nossos barrancos 
hoje estariam iguais a fotografia e a proteção teria virado
uma cultura municipal como no Japão, com quem nos coadunamos, onde 
quem fere a  natureza tem que cicatrizá-la por Lei


  

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

JOÃO NEIVA

Hoje ao entardecer estava em João Neiva de motocicleta e decidi retornar pela Valada Maffei. Passei  na portaria da siderúrgica Ibiraçu, onde a produção está suspensa, o que me deu piedade, por saber que temos uma estrutura tão grande e desativada, o que esperamos que seja temporariamente para não prejudicar nossa economia. Também, foi a primeira vez que fui a João Neiva depois do falecimento de Valério Loureiro. Lembrei-me automaticamente e senti um vazio naquela elegante cidade. Conhecia a vontade que ele sentia de fazer qualquer coisa por sua terra.

Me surpreendi também com o número de pessoas que praticam caminhadas pela rodovia de acesso a Caboclo Bernardo e em outras avenidas da cidade e estradas de chão. Além de caminhadas, em João Neiva tem um grupo de ciclistas com quase cem participantes que constantemente percorrem toda região, inclusive nas praias e na região serrana de Santa Teresa. O esporte em João Neiva está presente na vida dos moradores de todas as idades. E isso deixa-os mais felizes e saudáveis.    

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

REVENDO CONCEITOS

Há alguns anos, quando tomamos conhecimento pelos jornais sobre o calendário da cultura indígena Maia, que prevê para o dia 21 de dezembro de 2012 o fechamento de um ciclo, data, segundo suas previsões, que o mundo irá acabar, mesmo eu não acreditando nessa hipótese, para qual há inúmeras contradições científicas, acabei, por brincadeira, fazendo algumas  promessas e mantê-las até o dia final. Uma das promessas é de que serei botafoguense até o fim do mundo, e a outra, de que sempre votaria na oposição ao grupo político de Ibiraçu, representado por Marcus Vicente, esposo da prefeita Naciene Modenesi.

Todavia, há alguns meses, decidi rever meus conceitos sobre minhas promessas. Mantive a decisão de ser botafoguense até o fim previsto pelos Maias, teoria que não coloco fé, por isto caber exclusivamente a Deus, porém, quanto a opção de votar contra o grupo mencionado, descobri que deveria ser flexível a fatos e suas dinâmicas, e que não podemos sermos carrancudos em relação a posições e opiniões desta natureza.

Mesmo não tendo assumido publicamente até hoje a minha opção pelo voto para prefeito nas últimas eleições, não posso esconder que minha admiração pela atual administração da prefeita Naciene Modenesi cresceu muito em relação a sua primeira gestão à frente da  prefeitura Municipal de Ibiraçu.  Nesta oportunidade, Naciene administrou com autoridade(e não  como autoritária), manteve-se absolutamente independente em relação  as suas próprias atitudes, principalmente diante da influência do próprio marido, uma pessoa extremamente experiente na vida pública e que muito poderia lhe ajudar em termos  de opiniões, não permitiu interferências externas de pessoas que nem servidores públicos são, e soube, a todo tempo, ser a timoneira da gestão e da necessidade da independência dos seus atos.
Prefeita Naciene Modenesi - Exemplo de autonomia no serviço público 
e avessa as interferências que muitas vezes são prejudiciais ao bom 
desempenho do serviço público e à interação social  

A liberdade  de administrar que Naciene implantou em sua atual gestão simboliza a autonomia que qualquer mandatário precisa manter, transmitiu segurança aos munícipes, porque todos tem consciência de que votaram nela, e não em quem porventura tentou influência-la, ainda que tenha sido o experiente marido, exercitou todo tempo muita responsabilidade e soube dar atenção com eficiência às demandas públicas exigidas. Mesmo derrotada nas eleições,  não utilizou-se de métodos vingativos, que lhe seriam discricionários, como dar as costas à limpeza pública, demitir em massa servidores contratados, empurrar com a barriga pagamentos de fornecedores, enfim, não se comportou em nenhum momento como uma pessoa rancorosa, muito menos abandonou a direção do barco ou entregou a responsabilidade de outra pessoa, fazendo jus a vontade popular dos ibiraçuenses que lhe delegaram com muito respeito e confiança o cargo de prefeita que exercitou nos últimos quatro anos.

Naciene  Modenesi, além  de  ter exercitado com ampla autonomia e autoridade administrativa, não desprezou as opiniões necessárias a positividade de sua gestão, demonstrando a todo  tempo sua determinação em construir uma cidade melhor à todos nós.

Portanto, sou cônscio da minha humildade em rever  meus conceitos, para dizer que o exemplo de autonomia de Naciene à frente da  administração municipal e sua atitude de ceifar pela raiz as interferências que surgiram, muitos que poderiam serem até positivas, mas outras que colocariam em risco e ofuscariam sua própria autoridade, sem contudo desmerecer boas opiniões, é um exemplo que deveria ser seguido por todos os prefeitos futuros de Ibiraçu.

Esperamos que suas ações,  ou seja, a autoridade cristalina, transparente e  respeitosa com todos que Naciene a todo tempo externou durante os quatro anos do atual mandato, seja o espelho para as próximas gestões, de modo que não se deixe jamais se influenciar por opiniões que não condizem com a  realidade que veio das urnas, porque o voto foi dado por absoluta confiança na pessoa que se elegeu de direito, o qual temos absoluta certeza que não precisa de um prefeito  de fato que lhe ofusque o brilho.  

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA POLÍCIA CIVIL DO ES

Atendendo convocação da Superintendência de Polícia Metropolitana(SPM), em companhia de outros profissionais da SESP/ES, ontem passamos o dia em um dos inúmeros auditórios do novo prédio da Petrobrás na Praia do Canto, Vitória-ES, analisando, debatendo, estudando e elaborando o planejamento estratégico que a Polícia Civil está desenvolvendo para as próximas décadas. O critério utilizado para a convocação recaiu na escolha de profissionais realmente de olhos voltados para o futuro para detectarem os gargalos que existem e superá-los para melhor eficiência e desempenho do setor. Novas rodadas de debates acontecerão até a conclusão.

Chefia da Polícia Civil do ES planeja estratégias para melhorar ainda mais a eficiência na
segurança pública dos municípios da Grande Vitória, o que deverá acontecer, também, nos
próximos meses para solucionar problemas enfrentados pela população do interior do Estado

Apesar de ser iniciativa da Chefia da PC/ES, via SPM, o governador do Espírito Santo Renato Casagrande tem dado apoio máximo a estruturação do planejamento. Renato Casagrande realmente tem demonstrado preocupação para melhorar a segurança dos capixabas, o que logicamente não acontece da noite para o dia. 

Na pauta da própria Polícia Civil, via SPM, assuntos pertinentes a segurança com mais agilidade para superação de alguns entraves que dificultam o atendimento no serviço público, principalmente de gestão e infraestrutura.       

terça-feira, 27 de novembro de 2012

TONTEIRA TOTAL

O clima e o ambiente político em Ibiraçu está em plena ebulição nestes dias que antecede a posse. Tá quase todo mundo igual a cachorro que cai de mudança. Perdido! Daquele que, além de cair, bate com a cabeça no asfalto.

Vamos aguardar as notícias chegarem.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A ÁGUA DA BIQUINHA E UM GÊISER

Recentemente, num bate papo entre amigos, duas pessoas que participavam e conhecem muito bem a história de Ibiraçu, confirmaram que na Biquinha, há muitos anos, havia um olho de água que brotava incessantemente do chão, na forma de um gêiser(olho d´água), conforme denomina-se em São Mateus, onde é muito comum presenciarmos olhos d´água brotando do solo, muitos dos quais  são minerais e que são engarrafadas nas indústrias de água mineral a partir de  canalizações.

Diante da confirmação das pessoas que conheceram o referido olho de água da Biquinha e em quem podemos confiar, deduzimos que o referido foi canalizado na direção do local que hoje encontra-se a bica que jorra a  água da  fonte da  Biquinha, o que explica ela nunca ter secado, mas apenas em uma única oportunidade ter sido reduzida drasticamente o seu curso, mas sem secar definitivamente, conforme  escrevemos um artigo há alguns anos.

Espécie de gêiser pequeno  e de pouca pressão

Esta novidade é mais uma garantia, talvez a principal, de que a  água da Biquinha que é usada pela população de  Ibiraçu é segura e despoluída, pois, gêiser são pressões da água subterrânea para a superfície, o que leva-nos a acreditar que a água da Biquinha vem de um lençol profundo, portanto, de qualidade e sem risco de contaminações, esta que geralmente é contraída junto a  poluição lançada na superfície da terra.  

CONCEITO  DE GÊISER
água subterrânea que se choca nas fissuras, cavidades e lençóis freáticos, em contacto com rochas e principalmente encontrada abaixo à elevada temperatura. A elevada pressão a que a água se encontra faz aumentar o ponto de ebulição da água, a qual obriga então a água a subir de forma violenta, em forma de jato, dando origem a esta manifestação de vulcanismo. Esses jatos podem atingir cerca de 80 metros de altura e apresentar temperaturas de 70 ºC onde não há rocha vulcânica, como o riolito, que é dissolvido em água quente e as formas de depósitos minerais chamados conglomerados siliciosos ou geiseritas, juntos dentro de sistemas de canalização. Ao longo do tempo, esses depósitos de rochas fortemente consolidadas reforçam as paredes do canal e permitem a atividade do fenômeno da natureza.

OBS; A Biquinha não chega a tanto, conforme o conceito acima, porque tratava-se na realidade de um olho d´água, muito comum por toda nossa região,  mas pode ser um curso de água pressionada subterraneamente por gravidade para a superfície. A água da Biquinha não perde sua qualidade e ninguém nunca encontrou uma impureza sequer. 


UMA SOCIEDADE SITIADA DOS ATOS E FATOS PÚBLICOS

Como deveria ser difícil a convivência da população de Ibiraçu no início do século passado, diante da absoluta ausência de informações sobre as ações públicas e políticas, devido a inexistência de um veículo de comunicação que divulgasse os fatos e decisões tomadas pelos agentes gestor, por mais simples que o veículo comunicativo fosse. Aquele isolamento das decisões públicas deveria amedrontar a sociedade. Todos ficavam sitiados, porque quando tomavam conhecimento, os fatos públicos já estavam acontecendo, meio que empurrados de goela abaixo.

A sociedade não tinha oportunidades nem de saber o que estava acontecendo, imaginem então participar. Que vida difícil levava o nosso povo naquele isolamento do inicio da nossa colonização, o qual esperamos que não se revitalize nunca mais.    

Mesmo que algumas pessoas da nossa sociedade reclamem dos veículos usados, mas a atual administração sempre comunicou suas ações, independente se elas eram acertadas ou não, o que é importante para o conhecimento popular.

Quando as notícias de natureza públicas não chegam ao conhecimento do povo, a impressão que dá é que se está  fazendo coisas esdrúxulas, o que não deixa uma boa impressão à opinião pública.

domingo, 25 de novembro de 2012

NOVA GERAÇÃO

Por falar em Pignaton, eis meu irmão Rui Silvestre e seus filhos Felipe e Guilherme, 
estes que representam a 4ª geração da  família Pignaton no Brasil 

FAMÍLIA PIGNATON


2º casarão da família Pignaton na localidade de rio Sapateiro no município de Ibiraçu com as 
ruínas da cozinha e do tanque aos fundos. A 1ª casa da família, que era de madeira coberta 
de zinco e de assoalho alto, ficava  na parte direita da  fotografia. Na parte esquerda, provavelmente um pé de laranja cravo(mexerica)   

Como estamos num domingo chuvoso agradável, ofertamos um presente a todos os membros e amigos da Família Pignaton, a qual tem sua origem no Brasil a partir do município de Ibiraçu, onde chegaram em companhia de centenas de outras famílias de imigrantes italianos no final do século XIX para estas terras ajudar a colonizarem.

O casarão de dois andares da fotografia representa a contribuição que a família Pignaton deu a cultura arquitetônica do município de Ibiraçu no início de nossa colonização, quando predominava entre a maioria dos Imigrantes Italianos a ideia de construírem casas grandes, geralmente imponentes, o que era o principal sinônimo do progresso de Ibiraçu.      


SUGESTÃO

Se eu fosse Lula forçava a barra para José Dirceu ser o técnico da seleção. Ele sabe armar muito bem uma defesa. O resto vai em bloco para o ataque pela ponta das canhotas até a linha de fundo e solta a bomba. Ele conhece a manha e já sabe que uma tabelinha pela direita só embola o meio de campo.

sábado, 24 de novembro de 2012

A NECESSIDADE RESTABELECE A CULTURA

Uma cultura que  está se revitalizando em Ibiraçu é a da construção de casas de dois andares, uma arquitetura muito comum no início da colonização pela imigração italiana no município de Ibiraçu, onde provavelmente já predominava esse mesmo tipo de arquitetura, conforme alguns casarões do centro de nossa cidade e que pertenceram a descendentes de portugueses, como foram as famílias Mota, Santana, Araújo, Batista, Pimentel e Loureiro.

Bem no início da colonização, as casas nas propriedades rurais dos imigrantes eram todas feitas
de madeiras e quase todas tinham dois andares. Quando de um só andar, era assoalho alto que facilitasse o trâmite de pessoas adultas para ter acesso a escada, normalmente debaixo. Daquela forma, evitava-se que animais silvestres, cobras e sapos entrassem dentro de casa, fato que normalmente acontecia. Toda essa região era uma selva praticamente virgem. Animais como sapos e cobras entravam com facilidade e geravam riscos. Há relatos de pessoas mais antigas que afirmam que até as Suçuaranas(pequenas onças), se aproximavam das casas. Tive a oportunidade de conhecer o primeira casa que a família Pignaton construiu no Brasil. Era toda de madeira, coberta de zinco(quando conheci, que poderia ter sido de vegetal antes, de palha ou tabuinhas) e ficava do lado esquerdo do atual casarão.



Modelo de Casas Altas construídas antigamente

Hoje há a revitalização daquelas construções em nossa cidade, mas não são mais para evitar animais silvestres entrarem, mas por precaução em relação as enchentes, conforme sofrida  em 06-01-2009,  'Dia de Reis', quando as ruas de Ibiraçu foram praticamente tomadas por água, criando na época um grande transtorno para a população de um modo geral e para a administração da atual prefeita Naciene Modenesi, que se iniciava  e enfrentou aquela catástrofe, mas que teve todos os problemas causados superados durante sua administração.

HISTÓRIA DE IBIRAÇU E DOS IMIGRANTES ITALIANOS

Em um grande número de fazendas desbravadas pelos imigrantes italianos no município de Ibiraçu era comum até recentemente se encontrar funcionando moinhos tocados por força das quedas d'água e que eram usados para moagem de cereais, principalmente para o fubá de milho, matéria prima básica com o qual se fazia a polenta, alimento pioneiro da culinária da imigração italiana em  Ibiraçu, cultura que ainda persiste entre muitos habitantes. Além de moinho para o fubá, haviam os de café e as pilas de arroz. 

Muitos fazendeiros aproveitavam conjuntamente a força d'água e instalavam pequenos dínamos para produzirem eletricidade e acender algumas lâmpadas, principalmente nas casas sedes das fazendas, que naturalmente tinham prioridades exclusivas, diante da carência e da privatividade dos investimentos, que provavelmente não deveriam contar com o apoio público. 

Somente no final da existência do município de Pau Gigante, que aconteceu em 1942, foi que o município de Ibiraçu passou a ter energia pública, gerada a partir da hidrelétrica da Barragem. Contudo, não sabemos afirmar a quem cabia a arrecadação dos  tributos da hidrelétrica, se é que havia,  e a quem pertencia, se ao Estado ou ao Município.     

Resquícios do aqueduto em um moinho de fubá que era consorciado com um gerador de energia
para a sede da fazenda de Cachoeiro Comprido, que apesar de manter esse 
nome, hoje a localidade é mais conhecida por Barragem. 

Cascata, outrora por gravidade suas águas tinham força para tocar moinho 
e produzir energia e  hoje uma realidade totalmente prejudicada

A Cascata, que atualmente tem queda  d'água prejudicada por algumas circunstâncias, no inicio  da colonização foi literalmente a fonte de energia da fazenda da família Pignaton, logo abaixo da cachoeira. Por gravidade, durante décadas a família Pignaton produzia fubá de milho no moinho que possuíam, tanto para a família como para outros colonos, solidariedade muito comum na época. 

Não sabemos informar se os Pignatons, também, produziam energia para a sede de suas fazenda que tinha no seu entorno inúmeras outras moradias, geralmente habitadas por pessoas da própria família que se casavam e passavam a viver separadamente, mas nas proximidades da sede.    




PESQUISA

Ontem minha filha Lara foi entrevistada por pesquisadores sobre alguns assuntos importantes para o desenvolvimento do município de Ibiraçu. O escopo da pesquisa foi "Caminhos da Sabedoria". Tomará que o índice de aprovação a esse projeto tenha dado um resultado positivo. Ele nos engrandece.  

VERÃO

É atípico no mês de novembro calor como fez ontem e hoje na região de Ibiraçu. A temporada de praia chegou.

FALECIMENTO

É com pesar que comunicamos o falecimento da senhora Nilza Vaz Redivo, esposa do senhor Aderval Redivo.  Dona Nilza será sepultada as 10:00 horas de amanhã no cemitério Jardim da Paz, na Grande Vitória.

Nossos sentimentos aos familiares e amigos.

JUSTIFICANDO

O artigo "Para Refletir" publicado anteriormente é uma transcrição do Jornal do Brasil de ontem. Não havia mencionado a fonte.

http://www.jb.com.br

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

PARA REFLETIR

Era uma vez uma ilha, perdida nos mares do Grande Norte, situada além do que a imaginação possa conceber. Era tão fria que a chamavam Iceland, terra do gelo. Em nossa língua, Islândia. Viviam nela cerca de 300 mil habitantes: um lugar próspero, rico para os padrões da época, uma gente bonita e saudável. Com um regime democrático estável, controlado pela população, dispunha de excelentes sistemas de saúde e de educação, boa alimentação, baixa criminalidade, alta esperança de vida, desenvolvimento econômico sustentável, regulado por diversas agências públicas.
Nada indicava que algo de mal poderia ocorrer naquela Terra da Promissão. No entanto, trágicos fatos ali tiveram lugar e sua recordação talvez possa ajudar a refletir sobre a crise que angustia o mundo atual.
Quando e como exatamente esta história aconteceu? Os arqueólogos mais reputados, com base em evidências e documentos, atestam que as coisas começaram a degringolar na virada no século XX para o século XXI, há centenas de anos...
Disseminaram-se, então, pela ilha, trazidas por mercadores estrangeiros, fantásticas promessas. Baseavam-se em três palavras-chave: desregulamentar, privatizar, internacionalizar. Se fossem capazes de enveredar por este caminho, os ilhéus se tornariam muito ricos, e em pouco tempo.
Persuasivos eram aqueles mercadores, e o povo resolveu segui-los. Os bancos públicos foram privatizados, e as empresas internacionais, autorizadas a explorar os recursos naturais. As agências reguladoras, enfraquecidas, definharam. Os dinheiros agora circulavam em abundância, a Bolsa de Valores galopava e a construção civil alcançava níveis frenéticos. Houve espantosos fenômenos, como o fato de os bancos privatizados contraírem empréstimos equivalentes a dez vezes ao que então se chamava o PNB, ou seja, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Vozes prudentes murmuravam: aquilo não podia dar certo.
E não deu.
Num belo dia, no ano de 2008, estourou a crise. Medonha. Os bancos faliram. A Bolsa despencou. Cessaram as atividades econômicas. O desemprego disparou. A ilha descobriu-se endividada até o último fio de cabelo.
Vieram então homens probos e pediram calma. Numa língua ininteligível, explicaram tudo: os antecedentes e os consequentes. As coisas se resolveriam através de uma nova palavra mágica: austeridade. Instituições e bancos internacionais ajudariam. Os problemas seriam equacionados, embora fosse necessário apertar os cintos. Claro, muitos perderiam casas, haveres, empregos, futuro e tudo o mais. As dívidas, porém, seriam pagas, e a honra, salva. O pacote, embrulhado com laço de fita e aprovado pelo Parlamento, virou lei. Em 2009, a fatura parecia liquidada.
Entretanto, as gentes não mais se deixaram persuadir.
Queriam entender melhor como pudera uma terra tão próspera tornar-se em menos de dez anos uma nação de mendigos. Não haveria responsáveis?
Foram às ruas, com apitos e bumbos, batendo talheres em panelas vazias. Pulando e gritando, cercaram o Parlamento, atirando ovos e tomates nos representantes. Não houve polícia capaz de segurar aquela ira.
Corria o ano de 2010 quando a pressão das multidões organizadas impôs um referendo. A Lei do Parlamento foi recusada por 93% dos votos. A dívida, contraída por alguns, não seria paga por todos. Era preciso zerá-la e recomeçar.
E teve início a investigação sobre as responsabilidades. Altos executivos e gerentes dos bancos foram para a cadeia. Os banqueiros que puderam, fugiram, como ratos de um barco à deriva. Ao mesmo tempo, decidiu-se redigir uma nova Constituição, capaz de proteger a nação de outros aventureiros.
Por toda parte, organizavam-se as gentes. Em cada distrito, uma assembleia. Participativa e consciente de que a Coisa Pública deveria ser tratada com atenção e cuidado. Entre pouco mais de 500 candidatos, sem prévia filiação partidária (os antigos partidos tornaram-se suspeitos), elegeram-se 25 representantes. Foram eles que, ouvindo as assembleias locais, autônomas em relação ao Estado e aos partidos, construíram uma nova Carta Magna, a ser aprovada em outro referendo popular. Regulação e controle, palavras esquecidas, retornaram, devidamente valorizadas. A primeira consequência foi a renacionalização dos bancos, baseada no conceito de que o dinheiro de todos é muito importante para ser deixado em mãos de poucos.
Aquele povo mostrou que, por vezes, como dizia E. Morin, o improvável acontece. Demitiu-se um governo. Refez-se o Parlamento. Exercitou-se a autonomia. Foi escrita uma nova Constituição, preocupada com as pessoas e não com os dinheiros. E a prosperidade voltou, atestada por bons resultados em 2011 e 2012.
Uma revolução. Pacífica e democrática.
Mas realizada há tantos séculos e numa terra tão longínqua... Talvez por isso se fale tão pouco dela e dos maravilhosos eventos que aconteceram na bela Islândia. Uma ilha da utopia.

DEMISSÃO DA SELEÇÃO FOI A SOLUÇÃO PARA SERMOS CAMPEÃO

Ufa! Enfim acordaram e demitiram o técnico Mano Menezes da seleção brasileira. Ele fez várias  seleções durante o curto período que esteve a frente da equipe pátria. Quis desafiar a regra máxima, de que futebol é conjunto e persistência com uma mesma equipe consecutivamente, exceto em casos de necessidades, substitui-se jogadores.

Luiz Felipe Scolari deveria assumir o comando. Primeiro, por que ele já nos deu a alegria de ganharmos uma copa do mundo. E segundo, por que ele tem autoridade com qualquer equipe, e não é autoritário, como muitos leigos dizem que ele é, distinção  estas comparadas á água e vinho.

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA


Muitas vezes ouvimos comentários que o ex-governador Paulo Hartung necessitava ser investigado por supostos envolvimento em algumas irregularidades nos contratos com a Delta, ligada ao Carlinhos Cachoeira. Contudo, conforme  nota  abaixo publicada no Jornal do Brasil de hoje, tais fatos não passaram de boatos. Pelo menos até agora. 
No mundo político atual, ou seja, na democracia que vivemos, é comum jogar-se pedra em quaisquer direção  e sem concretude. Porém, como o 'princípio da presunção de inocência' tem prevalecido, o que está se tornando  a grande garantia dos agentes políticos de um modo geral, os órgãos próprios que estão autorizados por lei a encetar diligências, o que não é a imprensa, precisam tomar as cautelas necessárias para não rifar pessoas inocentes e entregá-las  para serem devoradas equivocadamente pela opinião pública.  
Leiam a nota.
"No documento entregue na tarde desta quinta-feira ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o grupo de parlamentares independentes da CPMI do Cachoeira – os senadores Pedro Taques (PDT-MT), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Pedro Simon (PMDB-RS) e os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Rubens Bueno (PPS-PR) – pediu a investigação de quatro governadores: Sérgio Cabral (PMDB), do Rio, pelas suas relações com Fernando Cavendish; Marconi Perillo (PSDB), de Goiás; Agnelo Queiróz Filho (PT), de Brasília,  e José Wilson Siqueira Campos, de Tocantins."

Conforme lemos, homens honrados desta  República absolvem o ex-governador Paulo Hartung. Sem provas não há  crime e nem pode haver suposições. Até agora, parece que tudo que se ventilou contra o ex-governador não passaram de intrigas políticas de seus adversários.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O CARÁTER NÃO SE MEDE PELA COR DO SER HUMANO

A posse do Ministro Joaquim Barbosa no STF hoje está no mesmo patamar da posse de Obama há quatro anos nos EUA, logicamente cada qual dentro de suas reais proporções.

É um avanço inigualável para o Brasil, este País que até recentemente enxergava nas pessoas negras um ser que não merecia qualquer reputação, sem qualidade e capacidade, mas que na verdade hoje ficou provado que lhes faltam mesmo é oportunidades.

É hora do Ministro Joaquim Barbosa mostrar que independente de cor, todos estão ao alcance de  assumir qualquer posto nesta hoje República Democrática do Brasil, e que as correntes e chicotes é uma página virada e sem retorno no livro que narra a triste e violenta história contra as milhares de pessoas negras que foram escravizadas, mas que mesmo forçadas como animais contribuíram fundamentalmente para o desenvolvimento e construção da nossa nação.

Parabéns ao Ministro Joaquim Barbosa e a todos os negros do Brasil por esta conquista que emocionou todos os  povos do mundo.

Justiça e reconhecimento foram feitos, ainda que tardios.  

PROGRESSO

A Caixa Econômica Federal está para inaugurar uma agência em Ibiraçu. Será no bairro São Cristóvão, próximo a autoelétrica do Aroldo, onde funciona atualmente a loja de ração de Celso Pazolini, exatamente no imóvel onde morava o saudoso senhor Emílio Lombardi.

O lugar escolhido pela CEF é estratégico e excelente. Tem estacionamento abundante, e, além de atender a  população de Ibiraçu, atenderá também, os clientes da CEF, dentre  os milhares que trafegam todos os dias pela BR 101 em Ibiraçu.

SABEDORIA DE RÉU

"Macarrão" deu uma de sabido ao acusar o goleiro Bruno pela morte de Eliza Samudio. Ele se manteve duro e mergulhado até a audiência. Porém, quando sentiu que o negócio estava fervendo para o seu lado, decidiu molecer e se curvar à Justiça.

Assim como Bruno, o destemperado "Macarrão" vai ser engolido pelos Juízes de Fato(corpo de jurados).

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

SAUDAÇÃO

Nesta oportunidade parabenizo o grande ibiraçuense Clóvis Monteiro por sua dedicação espiritual e colaboração à construção do Santuário de Nossa Senhora da Saúde. Ele é uma das pessoas de um grupo de devotos que estão desenvolvendo essa relevante obra da igreja católica em nossa cidade, que é a edificação do Santuário de Nossa Senhora da Saúde.

A obra do Santuário hoje é o espelho do esforço que o nosso mesmo povo fez na construção da matiz de São Marcos no centro de Ibiraçu no  início do século passado.

Abraços Clóvis!

SANTUÁRIO

Milhares de pessoas de todas as regiões do Espírito Santo compareceram esta noite no Santuário de Nossa Senhora da Saúde para o encerramento da festa de nossa padroeira. A missa foi celebrada por Dom Décio Zandonadi, que contou com a colaboração de outros religiosos da Diocese. Dom Décio, como sempre faz, saudou os ibiraçuenses pela grandiosa função de acolher os fiéis das inúmeras outras comunidades católicas, assim como pediu a benção  da santíssima para a saúde de todos. Mais uma vez, a  festa de  Nossa Senhora da Saúde no Santuário de Ibiraçu foi muito bonita, principalmente com a apresentações do coral.  

ANEDOTA

Não gosto de falar de pássaros, devido a sacanagem que fiz com um deles, conforme narro, do que sempre me lembro, sem nunca ter me perdoado, apesar da sorte.

Certa manhã de minha infância, em companhia de amigos fui pescar de anzol no rio Parque Alegre, próximo a fazenda do senhor Guilherme Conti. Á água do rio estava bem transparente que nos permitia ver os peixes no fundo do rio.

Coloquei o anzol na água e fiquei segurando a iba bem quietinho para não tremer a linha e espantar os peixes. Quando estava para fisgar um peixe, um pássaro preto pequeno da espécie Tiziu, que para cantar, vira várias cambalhotas verticais do ponto que se encontra para cima e volta ao mesmo ponto de saída. Com sua ação, o pequeno Tiziu fez com que a iba tremesse e assim espantando o peixe.

Prossegui com meu intento de fisgar o peixe e voltei a colocar a  vara n´água. Passado algum tempo o peixe voltou a se aproximar da isca. No momento de pegá-lo, eis que me volta o Tiziu e pousa na ponta da vara fazendo-a tremer e assim espantar novamente o peixe. Depois de repetitivas presepadas do Tiziu, ou seja, pousar, pular, cantar, dar cambalhotas e voltar a vara do anzol. quem decidiu sacaneá-lo fui eu, diante da obstrução do pássaro para que pegasse o peixe, de quem mais o Tiziu se parecia guarda-costa. E assim fiz. Coloquei o anzol no rio e segurei a vara de pescar. No momento que o peixe se aproximou, o tiziu cantou próximo e voou em direção a vara. Na hora que ele pousou, afundei a vara de pescar na água com rapidez e agilidade, dando-lhe um caldo que sumiu de uma vez. De lambuja acertei a vara de anzol no peixe que ficou tonto e o peguei de mão dentro d´água.

E assim prossegui com minha vida de  pescador até  há poucos anos, depois de descobrir que tinha sorte para este esporte.

     

VALORIZANDO NOSSOS PRODUTORES

Hoje a  'Cantina La Fonte'  fechou com outro fornecedor. O filé e alcatra que serviremos na chapa será do açougue de Moacir Pignaton.  

DIA SAGRADO EM IBIRAÇU

Viva Nossa Senhora da Saúde. 

Que ela nos proteja, ilumine nosso caminho e nos faça mais felizes.  

terça-feira, 20 de novembro de 2012

MISTÉRIO NO MORRO DO CALDEIRÃO EM IBIRAÇU


A fotografia é de uma pedra que se acomodou sobre um toco de Ipê e que pesa várias toneladas.  Este fenômeno ocorreu no Morro do Caldeirão, Ibiraçu-ES, na montanha ao Leste da Estância Lombardi. O acesso até essa fantástica obra da natureza, que algumas pessoas tentam dar explicações é difícil, mas vale a pena visitá-la.



O toco da árvore de  um Ipê que deveria ter centenas de anos de existência quando  foi cortado por madeireiros da nossa  região.

MATANDO A SAUDADE


A foto acima de 1978 é da equipe do Campagnaro Futebol Clube que desafiou o Jaqueira FC, que por sua vez tinha desafiado o Ibiraçu EC, este que desafiou...

De ZÉ à FIAndo sempre e em todas no futebol amador de Ibiraçu.

COMENTÁRIO

Abaixo, comentário de  Carlos Alberto Foresti no artigo  FILHO DE IBIRAÇU.
Você acertou, passei a maior parte de minha infância na região. Muitas são as lembranças boas daquela época. Vou resumir ao máximo algumas e com certeza nossos amigos irão recordar. As partidas de futebol no campo da biquinha, entre o time do Campagnaro e o da Cohab eram disputas muito acirradas. Pegar mel nas colmeias das abelhas que se instalavam entre o barranco acima da bica e o enorme pé de ingá que nos fornecia muitos frutos. As caçadas de rolinhas na biquinha com estilingue feito dos galhos de uma árvore de nome "espirradeira" que ficava no quintal da Dona Assunta. Os balanços feitos nos galhos do grande molembá que ficava a uns 50 metros acima da biquinha. As pescarias na "lagoa do senhor Chico", quantas traíras fritas eu comi não lembro. Também juntavamos uma garotada para ir tomar banho na lagoa. Havia um curral alí próximo e o senhor Eliseu é quem ordenhava as vacas. Gostava de ir colher inhames bem em frente onde você Ruberval mora atualmente, o charco se formava na entrada dos chiqueiros de porcos do Modenese. Sempre que as porcas davam crias, corriamos para ver. Meu tio Eugenio Foresti trabalhava no local. Meu pai trabalhava na serraria do Modenese e durante a noite fazia caixotes para verduras, eu ia com os meus irmãos ajudar. As frutas na região eram diversas: cajá em um quintal ao lado do atual campinho, atiravamos pedras e eles caiam na vala que se formava nos chiqueiros, e tinhamos que ir lavá-los na água da biquinha. As jacas moles "as melhores que já comi" eram tiradas no quintal do seu João "que Deus o tenha". Ingás eu já falei. Para adoçar chupavamos muita cana do canavial do senhor Rosalém. O mesmo que nos presenteava com brinquedos todo natal, eram "bolas e carrinhos de boi" para os meninos e bonecas para as meninas. Eu cheguei a trabalhar para ele na pastelaria, gostei muito do emprego. Ainda nas frutas havia uns pés de banana ao lado do campinho de futebol e sempre escondiamos bananas verdes para madurar no mato. Que bananas docinhas e sem agrotóxico eram aquelas...

Depois eu conto mais, as lágrimas chegaram, pois algumas das pessoas que relatei, entre elas meu pai e meu tio já se foram. A saudade é muito grande desculpa.FILHO DE IBIRAÇU
20 de novembro de 2012 15:13

SABIÁ DA MATA

Há pouco eu e os pedreiros ouvimos nas imediações da floresta da Biquinha um cantar diferente de Sabiá. Não sei se era o 'Sabiá da Mata', porque cantou poucas vezes, mas muito parecido com o seu cantar.
Sabiá da Mata. Seu cantar é uma música

O 'Sabiá da Mata' é um pássaro de um cantar que é uma verdadeira música. Vários casos temos registrado em Ibiraçu envolvendo 'Sabiás da Mata'. O primeiro é de titio Pedro Pignaton. Ele tinha um Sabiá que cantava dia e noite. O pássaro era tratado todos os dias  com muito carinho por titio Pedro. Dias após titio falecer, o  seu Sabiá também morreu. Muitos dizem que foi apaixonada ao sentir a ausência de titio por muitos dias. Todas as manhãs titio tratava o seu pássaro com muito afeto.

Também o senhor Gilberto Rosalém tinha um 'Sabiá da Mata' que era admirado por todos que lhes ouviam. Seu Gilberto transportava o cantar do seu Sabiá  para um aparelho de som e todos de Ibiraçu ouviam o seu lindo cantar todos os dias. Era uma verdadeira harmonia. Um sinfonia natural.  

PARTICIPAÇÃO POPULAR

Já virou hábito nacional, senão cultura, sempre depender de dinheiro público para se fazer quase tudo numa cidade, por mais simples que seja sua execução. Seja para fazer uma faxina numa rua ou um bairro, para podar algumas árvores ou plantas, lavar uma calçada, desentupir o leito de um rio, arejar a o poço que serve para se banhar, como a Cascata e Cachoeiro Cumprido, onde é comum presenciarmos centenas de pessoas no verão, capinar uma praça, enfim, qualquer coisa que precisa ser feito, a primeira coisa que vem na mente popular é a pergunta: "e o dinheiro público para a execução"? Diga-se de passagem, cada vez mais escassos e a cada dia voltado a obras imponentes. Nos acostumamos sermos assim e assim seremos se não  houver uma interrupção brusca nesta nossa  forma de procedermos. Colocamos o serviço e o dinheiro público como se ele fosse o milagroso, o oxigênio para tudo, e que sem ele nada podemos fazer ou construir, além de colocarmos a culpa em quem lhes gerencia, caso as coisas que precisamos e poderíamos  nós mesmos realizar não aconteçam.

Uma forma interativa de se proceder em prol de melhoria de serviços e sem necessitar de dinheiro público, senão do seu apoio, é criar mecanismos para incentivar os moradores de uma cidade, bairro ou rua a participarem voluntária e indiretamente de uma administração. Organiza-se dentro do setor público próprio para os casos exigidos, por exemplo na secretaria de serviços urbanos o plantio de mudas de plantas ornamentais na margem da rua X, a lavagem da calçada da rua Z, a capina das margens do rio W, etc. Marca-se o dia em agenda comum, convoca-se as pessoas das comunidades diretamente interessadas ou simpáticas a referida execução, o serviço público fornece os materiais necessários, mudas, ferramentas, carro pipa, alguns funcionários públicos para reforçar o labor, outros equipamentos necessários, aceitando-se doações voluntárias, assumindo sim o serviço público a responsabilidade no apoio posterior, como por exemplo a manutenção do feito em parceria com a comunidade para que tudo não seja perdido, como por exemplo combater pragas, formigas, irrigar, adubar, etc.

Há modelos simples de se participar do progresso sem custo para os cofres públicos e de se livrar  definitivamente da dependência eterna do seu dinheiro, bastando somente, não só convencer as pessoas das comunidades participarem, mas dar-lhes oportunidade para que se mantenha ativa com o rumo que planeja-se para   vivermos em uma cidade melhor e sem exclusão do processo do seu progresso. Um exemplo muito  bonito deste tipo de participação da comunidade no serviço público vemos no Rio de Janeiro. É comum lermos notícias que moradores do bairro Y estão fazendo um mutirão para  plantarem, faxinarem, criarem, construírem, etc, algo que seja relevante e interessante para todos. Quando isso  acontece, as pessoas  tem mais satisfações em ver e viver o resultado, se sentem lisonjeadas por terem participado, além de ser um canal que coloca em sintonia o poder público com as pessoas da comunidade, porque elas necessitam de orientação para não passarem a vida inteira se sentindo inútil e esperando  do serviço público as coisas simples e  fáceis, mas que por hábito fazem da dependência  do dinheiro público para tudo uma espécie  de cultura popular. Dezenas de pequenas e simples coisas do dia a dia das cidades, poderiam serem efetivamente realizadas pela própria comunidade em parceria com o serviço público e sem custos. Basta articulação e incentivo neste sentido que todos se interessarão em  participar e se sentirão mais felizes, não somente com a participação, mas principalmente com o resultado que o trabalho em conjunto proporciona, por mais inferior que porventura possa ser o seu resultado, porque o grande feito será o conceito valorativo que se dará às pessoas que  abraçam causas desta natureza, as quais urgem serem edificadas.

Essa seria a grande e principal obra dos administradores dos serviços públicos de um modo geral, mas que ainda pouca atenção deles tem merecido. Normalmente estão voltados as grandes obras para desta forma agregarem votos, o que realmente acontece, mas somente pela impressão que as referidas construções faraônicas proporcionam, além claro, de ser a forma mais viável de se corromper e se locupletar com o dinheiro público quando se é mal intencionado com o erário.    

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

COMENTÁRIO DE UMA VISITANTE DO IBIRA SUL

Olá, meu nome é Teresa e sou uma sobrevivente deste tão lamentável acidente.O acontecido se deu no dia 27/05/1973.Nessa data eu estava com 4 anos, minha mãe a senhora Sebastiana Maria de Andrade Dias faleceu neste acidente.Gostaria de saber se existem mais alguma foto deste acontecido, se houver por favor poderia postá-las para mim? Ficarei muito agradecida, pois, se trata da minha história. em   MOMENTO DE DOR NA HISTÓRIA DE IBIRAÇU

Teresa, meus sentimentos pelo ocorrido com sua família. Não tenho outra fotografia sobre o acidente para atender-lhe, mas posso procurar saber se alguém tem para enviá-la.

Agradeço sua participação  aqui no blog. Com os dados que nos trouxe, aumentamos o nosso conhecimento sobre aquela assustadora manhã de domingo no centro de Ibiraçu. Estava com 11 anos, e me recordo perfeitamente do acidente.

Abraços!

FILHO DE IBIRAÇU

Carlos Alberto Foresti, agradeço por seus comentários, sempre positivos. Você, conforme resenhou anteriormente sobre o campinho da casa de seu 'Dodô', provavelmente passou boa parte de sua infância na região da Biquinha. A Biquinha, assim como minha e de muitas outras pessoas de  Ibiraçu, é um pedaço de sua vida. Ela gera satisfação.

Abraços!

domingo, 18 de novembro de 2012

MÚSICA

Para contrariar ainda mais, Bezerra da Silva e Dicro. Acione o rádio a direita.

PRESERVANDO A NATUREZA(DOS OUTROS)

Pensei em aproveitar uma fotografia de Geremias Pignaton com um dos filhos sob o Jequitibá Rosa na reportagem anterior, por saber que ele gosta destas histórias, conhece o lugar e é amigo das famílias citadas na região de Costa Pereira. Mas fiquei receoso dele mandar tirá-la do IBIRA SUL pela raiz, o que seria um crime ecológico virtual.

Então evitei.

A OUTRA VERSÃO DO NOME 'PAU GIGANTE'

Por falar em Pau Gigante, nome que até 1942 inspirava a denominação do hoje município de Ibiraçu, o que leva todos a pensarem que o fato ocorreu devido os grandes e abundantes  Jequitibás Rosas que existiam nessa região, há, segundo os mais antigos, outra versão e que contraria esta história comum conhecida de quase  todos.

Segundo os moradores mais antigos das localidades de Costa Pereira e Demétrio Ribeiro, o nome Pau Gigante foi registrado em alusão a uma grande árvore que havia entre a localidade que compreende Costa Pereira á Fortaleza(imediações de Barra do Triunfo), da espécie Pau D´alho. Há quem garanta que ainda existe uma grande cratera deixada pelas raízes da referida árvore, que de tão gigantesca, deixou o buraco que nos permitirá certificar este fato.

Hoje estive próximo, mas esta aventura ainda irei realizar, se 'Deus Quiser' em outra oportunidade e fotografar o referido local, caso ele realmente ainda exista, e colaborar com as demais gerações o 'porquê' realmente da denominação oficial do município de Ibiraçu de 1891 a 1942, quando  chamava-se Pau Gigante.

Há quem compara a  abundância dos Jequitibás Rosas nesta região que compreende hoje o município de Ibiraçu, e agora também, o de João Neiva, que 'Deus', ao ornamentar o mundo com as plantas e árvores, semeou com as próprias mãos um punhado de suas sementes e elas concentradamente e somente em Ibiraçu caíram e proliferaram.

O caule do Jequitibá Rosa, sustentado sobre 
raízes que deram o nome oficial ao município de Ibiraçu,
mas que para os antigos há controvérsia
  
Pela abundância de tantas árvores maravilhosas de Jequitibás Rosas em Ibiraçu, ganhamos o nome do seu próprio vigor, as quais lamentavelmente foram extraídas selvagem dos mesmos Imigrantes Italianos que estas terras desbravaram e que as tornaram em uma espécie de árvore em extinção.    

DADOS OFICIAIS DE IBIRAÇU
A cidade foi fundada por volta de 1877, por famílias italianas vindas de Gênova. No Espírito Santo, colonizaram uma área na cabeceira do rio Piraqueaçu, pelo qual chegaram à região. A área assentada, então conhecida como Núcleo Colonial Santa Cruz, já que Santa Cruz era então a localidade mais acessível, por estar à boca do rio Piraqueaçu.
A sede desta área primeiro foi conhecida como Conde D'Eu. O lugarejo teve vários nomes como Bocaiúva (após a proclamação da república), Vila Guaraná (ao tornar-se município), Pau Gigante em 1892 (devido a uma grande árvore na região), somente em 1942 é que a cidade, junto com o município ganharam nome de Ibiraçu. Mais recentemente em 1989 o municício de João Neiva separou-se de Ibiraçu.

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UM PASSEIO PELO INTERIOR DE IBIRAÇU

Casarão construído em 1932 pela  família Depiante na localidade de 
Rio Saúna, entre Ibiraçu e João Neiva

Em companhia de um amigo, na manhã deste domingo fizemos um turnê pelo interior de  Ibiraçu e visitamos o casarão da família Depiante, na região de Saúna, entre os municípios de João Neiva e Ibiraçu.  A sede dos Depiantes, ocupada hoje por uma pessoa da  família Imberti, é um lugar pitoresco de nossa região. Fica em um vale entre os rios  Pau Gigante e o rio Santa Maria, em Santo Antônio, este o marco  divisor dos municípios citados. 
Nós na fachada  do casarão da família Depiante em Saúna 

As paredes do  casarão são reforçadíssimos com pedras e  tijolinhos dobrados, resistentes a  todas as espécies de fenômenos naturais, desde  fortes chuvas e ventos.  Os imigrante italianos que  chegaram a esta nossa região e provavelmente os demais de outras regiões,  construíam suas casas com alicerces bastante seguros. A fachada da casa é poética e  destaca-se pela escada de acesso em ambos os lados, ornamentadas por peças de cimentos que  eram bastante usadas antigamente.  

Pássaro à margem do caldaloso rio Santa Maria, em Santo Antônio, Ibiraçu

A estrada que leva ao casarão é belíssima, principalmente nesta época com os  rios transbordando. A fauna da região, apesar da perseguição por caçadores passarinheiros, ainda pode ser  registrada da  própria estrada, como fizemos com um, acredito, frango d´água próximo do leito do  rio Santa Maria.    

Rio Pau Gigante na  localidade de Costa Pereira

Do outro lado da  região do casarão dos Depiantes, está o rio Pau Gigante, na localidade de Costa Pereira, município de João Neiva. Os mais antigos conheciam o  lugar, também, por 'Cata Briga', denominação totalmente contraditória  em relação a mansidão do  lugar. As águas do  rio Pau Gigante, que nunca foram muito  volumosas, desembocam  no  município de Colatina, quilômetros após a  localidade de Acioli, passando sob uma ponte na rodovia 259.

Vale a pena darmos algumas voltas por estas nossas regiões, aonde ainda encontramos coisas e obras bucólicas que engrandece a cultura de um povo, que até  há alguns anos era único, ou seja, de Ibiraçu e de João Neiva que desmembraram o território, mas  não  os hábitos e  tradições permaneceram.  

EXPECTATIVA

Hoje é domingo, portanto, vamos continuar com o espírito e o verbo desarmados, assim como estamos fazendo desde que ganhamos a liberdade literária ao criar o IBIRA SUL. Estamos prestes a abrir um comércio noturno aqui no Parque da Biquinha em Ibiraçu, e não temos como negar que precisaremos das pessoas da nossa cidade para obtermos sucesso e saldarmos os compromissos que assumimos para montar um simples negócio. Somos cônscios que estamos arriscando funcionar um estabelecimento que atenderá praticamente só as pessoas de nossa cidade, porque atrairmos pessoas de outras localidades é questão de tempo e de muita luta e se acontecer é no futuro.

Sabemos ainda que a liquidez monetária de nossa cidade é baixa, diante dos fatos que nos tem ocorrido há alguns meses, quando duas das nossas maiores empresas fecharam, o que gerou muitos desempregos. Mesmo assim, estamos confiantes no sucesso. Nossa cidade tem poucas opções noturnas para se tomar um vinho ou um choppinho e comer algumas coisa como peixe ou pizza com tranquilidade.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PENSAMENTOS QUE COADUNAM-SE





Artigo publicado no Jornal do Brasil de hoje que coaduna-se com o que pensamos e escrevemos aqui no IBIRA SUL recentemente acerca do julgamento pelo STF sobre o 'mensalão'. 

Coisas da Política

Mensalão: um julgamento político

Jornal do BrasilMauro Santayana

O julgamento da Ação 470, que chega ao seu fim com sentenças pesadas contra quase todos os réus, corre o risco de ser considerado como um dos erros judiciários mais pesados da História. Se, contra alguns réus, houve provas suficientes dos delitos, contra outros os juízes que os condenaram agiram por dedução. Guiaram-se pelos silogismos abengalados, para incriminar alguns dos réus.
O relator do processo não atuou como juiz imparcial: fez-se substituto da polícia e passou a engenhosas deduções, para concluir que o grande responsável fora o então ministro da Casa Civil, José Dirceu. Podemos até admitir, para conduzir o raciocínio, que Dirceu fosse o mentor dos atos tidos como delituosos, mas faltaram  provas, e sem provas não há como se condenar ninguém.



O julgamento, por mais argumentos que possam ser reunidos pelos membros do STF, foi político. Os julgamentos políticos, desde a Revolução Francesa, passaram a ser feitos na instância apropriada, que é o Parlamento. Assim foi conduzido o processo contra Luis XVI. Nele, de pouco adiantaram os brilhantes argumentos de seus notáveis advogados,  Guillaume Malesherbes, François Tronchet e Deseze, que se valiam da legislação penal comum.
O julgamento era político, e feito por uma instituição política, a Convenção Nacional, que representava a nação; ali, os ritos processuais cediam lugar à vontade dos delegados da França em processo revolucionário. A tese do poder absoluto dos parlamentares para fazer justiça partira de um dos mais jovens revolucionários, Saint-Just. Ela fora aceita, entre outros,  por Danton e por Robespierre, que se encarregou de expô-la de forma dura e clara, e com a sobriedade própria dos julgadores —  segundo os cronistas do episódio — aos que pediam clemência e aos que exigiam o respeito ao Código Penal, já  revogado juntamente com a monarquia.
“Não há um processo a fazer. Luís não é um acusado. Vocês não são juízes, vocês são homens de Estado. Vocês não têm sentenças a emitir em favor ou contra um homem, mas uma medida de segurança pública a tomar, um ato de providência nacional a exercer. Luís foi rei e a República foi fundada. E Robespierre, implacável, explica que, em um processo normal, o rei poderia ser considerado inocente, desde que a presunção de sua inocência permanecesse até o julgamento. E arremete:
Mas, se Luís é absolvido, o que ocorre com a Revolução? Se Luís é inocente, todos os defensores da liberdade passam a ser caluniadoresOs fatos posteriores são conhecidos.
O STF agiu, sob  aparente ira revolucionária de alguns de seus membros, como se fosse a  Convenção Nacional. Como uma Convenção Nacional tardia, mais atenta às razões da direita — da Reação Thermidoriana, que executou Robespierre, Saint-Just e Danton, entre outros — do que a dos montagnards de 1789. Foi um tribunal político, mas sob o mandato de quem? Quem os elegeu? E qual deles pôde assumir, com essa grandeza, a responsabilidade do julgamento político, que assumiu o Incorruptível? E qual dos mais exacerbados poderia dizer aos outros que deviam julgar como homens de Estado, e não como juízes?
Como o Tartufo, de Molière, que via a sua razão onde a encontrasse, foram em busca da teoria do domínio do fato, doutrina que, sem essa denominação, serviu para orientar os juizes de Nurenberg, e foi atualizada mais tarde pelo jurista alemão Claus Roxin. Só que odomínio do fato, em nome do qual incriminaram Dirceu, necessita, de acordo com o formulador da teoria, de provas concretas. Provas concretas encontradas contra os condenados de Nurenberg, e provas concretas contra o general Rafael Videla e o tiranete peruano Alberto Fujimori.
E provas concretas que haveria contra Hitler, se ele mesmo não tivesse sido seu próprio juiz, ao matar-se no bunker, depois de assassinar a mulher Eva Braun e sacrificar sua mais fiel amiga, a cadela  Blondi.  Não havendo prova concreta que, no caso, seria uma ordem explícita do ministro a alguém que lhe fosse subordinado (Delúbio não era, Genoino, menos ainda), não se caracteriza o domínio do fato. Falta provar, devidamente, que ele cometeu os delitos de que é acusado, se o julgamento é jurídico. Se o julgamento é político, falta aos juízes provar a sua condição de eleitos pelo povo.



Dessa condição dispunham os membros da Convenção Nacional Francesa e os parlamentares brasileiros que decidiram pelo impeachment do presidente Collor. As provas contra Collor não o condenariam (como não condenaram) em um processo normal. Ali se tratou de um julgamento político, que não se pretendeu  técnico, nem juridicamente perfeito, ainda que fosse presidido pelo então presidente do STF.
A nação, pelos seus representantes, foi o tribunal. O STF é o cimo do Poder Judiciário. Sua sentença não pode ser constitucionalmente contestada, mesmo porque ele é, também, o tribunal que decide se isso ou aquilo é constitucional, ou não. A História, mais cedo do que tarde, fará a revisão desse processo, para infirmá-lo, por não atender às exigências do due process of law, nem à legitimidade para realizar um julgamento político.
O julgamento político de Dirceu, justo ou não, já foi feito pela Câmara dos Deputados, que lhe cassou o mandato. 

O VERBO NASCE PARA TODOS, BASTA SABER CONJUGÁ-LO

As vezes sento-me em frente ao computador para ler algumas notícias, rever o IBIRA SUL, estudar, acertar alguns erros de português, ainda que outros desta forma prossigam. Normalmente não trago nada em mente para escrever aqui e as vezes para o jornal 'Folha do Litoral', mas me impulsiono com os artigos e opiniões que leio em outros veículos de comunicação, e também, acabo externando minhas opiniões.

Me sinto bem com as palavras fluindo sem serem interrompidas e postas espontaneamente para que as milhares de pessoas que nos leem todos os meses interpretem a minha forma de ver as coisas, pensar e agir. Assunto para redigir nós criamos momentaneamente, conforme ora se vê, por que para quem tem a facilidade de se expressar e escrever, consegue fazer um livro a partir de uma virgula ou de um grão de areia. Nunca iremos apelar, caso um dia o verbo nos ceife de sua fluência natural, porque se deste infortúnio estivéssemos sofrendo, estaríamos destruindo tudo de bom que escrevemos com o nosso próprio verbo, ainda que haja dentre eles os ruins, conforme visto por alguma coisa, porque essa  é a denominação mais agradável que consegui achar para as pessoas que não tem coragem de se identificar, exatamente porque a cólera impregnada não lhes permite desbloqueá-los para fazer de uma simples redação ou artigo qualquer um prazer e a forma de ser feliz.

DEVEMOS ESTAR PRESENTES NA NOSSA PRÓPRIA FÉ

No período da novena à Nossa Senhora da Saúde é notório que os moradores de Ibiraçu ficam de espíritos mais leves e tranquilos, e com o coração desonerado de rancor. Nós, os presentes nestas caminhadas de fé, ainda que não estejamos participando diretamente, sentimos como este momento é importante para nossa religiosidade. Muitos são os fenômenos que leva-nos a sermos mais leves, compreensivos e interativo com as pessoas. Primeiramente por ficarmos piedosos e sensibilizados com os que enfrentam problemas de saúde e por consequências suas famílias, tanto do nosso como de outros municípios, e que recorrem a benção da 'padroeira de Ibiraçu' na esperança de restabelecerem a saúde e terem uma vida melhor. Ficamos felizes em recepcionar as pessoas que tem raízes religiosas com Ibiraçu, tanto os nativos com devotos de outras localidades. Ficamos felizes ainda, por renovarmos com eles nossa própria fé, para continuarmos seguindo o caminho desta vida sempre com felicidade e saúde.

Nós ibiraçuenses somos gigantes na fé. Com ela, estamos construindo com muita luta, e de quase todos, o nosso próprio Santuário, o que gratificamos a Deus. É uma oportunidade rara e que poucas outras cidades tem, a de acolhermos as milhares de pessoas que recorrem a benção de Nossa Senhora da Saúde, seja para amenizar sofrimentos, renovar a saúde e esperança, ou agradecer pela felicidade, mas com elas compartilhar em todas as  situações  e sempre estreitando os laços da fé e convivência.

Outros santuários de outras regiões de todo o Brasil e do mundo, também são fontes de luz, como é o Santuário de Nossa Senhora da Saúde de Ibiraçu. Neles, como neste Santuário, faz-se reflexão e  recorre-se em busca de esperança que ilumine o caminho às próprias soluções para engrandecimento da alma, ainda que a escolha para a prática seja fora do templo religioso que é próprio a cada um de nós e que deles  nunca podemos fugir, mas o refúgio à Deus.  









quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PESSOAS DE PARÓQUIAS DISTANTES

Hoje voltei a me certificar que o Santuário de Nossa Senhora da Saúde atrai fiéis de lugares distantes. Encontrei-me depois da  missa com o amigo linharense Romanha e sua esposa, esta que é da família Segatto de Aracruz. Eles vieram de Linhares assistir uma missa no Santuário como fazem há alguns anos.

Isso é gratificante para nós ibiraçuenses que recepcionamos as pessoas de outras paróquias. Além da fé, a igreja católica, através do Santuário, colabora para que possamos rever amigos e familiares, promovendo  desta forma uma verdadeira inclusão social.   

CALÇADA

Hoje fui a pé  à missa no Santuário. Caminhei pela calçada que está sendo construída anexa a rodovia  de acesso ao bairro Aricanga pela prefeita Naciene Modenesi. As vezes faço caminhadas para o  Santuário, assim como vou de bicicleta fazer exercícios físicos para manter a forma. Em muitas oportunidades observei motoristas de veículos, principalmente motocicletas, trafegarem em alta velocidade, colocando  em risco a vida de centenas de crianças, jovens e adultos que também tramitam a  pé naquela rodovia, ou vindo para a escola e trabalho ou para o próprio Santuário.

Outra necessidade pública que precisamos é orientação nas escolas e igrejas às pessoas de nossa cidade para que caminhem pelas calçadas. Muitos andam no meio da rua o que aumenta o risco.

Parabéns a  prefeita Naciene pela construção da referida calçada, tão útil à todos.  

CADA MACACO NO SEU GALHO

Para contrariar a Aristocracia, o que normalmente acha-se difícil, deve-se ouvir as pessoas diretamente envolvidas em seus respectivos segmentos. Por exemplo, se tivesse de tratar de limpeza pública, as primeiras pessoas que deveriam serem ouvidas seriam os garis. Eles conhecem as dificuldades, vantagens, necessidades e quem sabe até as soluções mais práticas.

Não podemos jamais esquecer que um dos grandes Presidentes desta nação era um torneiro mecânico e quando o povo brasileiro decidiu lhe dar vez e voz, Lula deu rumo ao País, principalmente na economia, ainda que haja muito a ser feito. As vezes  as  soluções estão na frente dos nossos olhos e não a vemos. É assim que se destrói os mitos que burocratizam a máquina pública.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CONQUISTAS E OBSTÁCULOS

Viva a República, essa 'forma' maravilhosa de governo.

Viva a Democracia,  'regime' político onde o povo é quem toma as decisões.

Abaixo a Aristocracia, o  'modelo' de governo na qual o poder político é dominado  por um grupo de poucas pessoas e das elites, o que na verdade sempre foi o grande problema em todas as esferas públicas, principalmente nos municípios.  

SABOR INESQUECÍVEL

Quando lembro de Padre Valdo, simultaneamente me vem à memoria sua ordenação e o jantar de comemoração oferecido por suas famílias, Pignaton e Cometti.  Seu Modesto Campagnaro era casado com dona Luisa Cometti, tios do Padre ordenado. Eles tinham uma padaria na Cond´Eu e ofertaram as então famosas  broas de fubá que produziam. Uma arte da nossa culinária. Deliciosas.