Como passamos a vida inteira elogiando e defendendo determinadas
pessoas na política de Ibiraçu, mas elas nunca nos deram qualquer espécie de valor,
doravante passarei a falar das verdades que sempre ocultamos, exatamente para favorecer
os interesses de quem sempre defendemos na política, sem contudo deixar de reconhecer que elas também tem os seus valores, conforme sempre externamos, tanto aqui como na "torre de babel" anterior.
Se existe um
exemplo de persistência política em nossa cidade e que temos que tirar o
chapéu, é a história e trajetória de Marcus Vicente. Em 1982, Marcus Vicente
perdeu uma eleição para vereador, mas mesmo assim foi a luta e enfrentou tudo e
todos que lhe denegriam radicalmente. Seis anos depois, assumiu a prefeitura
municipal, e dela chegou a Deputado Federal por três vezes, obtendo em duas
disputas mais de sessenta mil votos, tendo sido naquele ínterim Secretário
de Estado por várias vezes e vice presidência da CBF.
Assumiu a Federação
Desportiva do Espírito Santo, a qual só se ouve críticas, inclusive
nossas, contudo, ninguém quer reconhecer as dificuldades que sempre
enfrentou naquele órgão, e portanto, oculta-se a verdade, de que no Estado
do Espírito Santo nunca tivemos futebol de verdade, porque capixaba sempre
torceu para o clubes do Rio de Janeiro, exceto quando a CVRD e a companhia Ferro
e Aço, duas estatais que injetavam uma verba astronômica em times de
futebol diferentes do Espírito Santo e fomentava a rivalidade, principalmente
Desportiva e Rio Branco, exatamente para abafar a poluição que ambas produziam
em toda a Grande Vitória, pois, naquela época, não havia órgãos públicos para
controle do meio ambiente como surgiram depois que as referidas empresas foram
privatizadas, e nem controle do dinheiro que era aplicado na diversão popular
como era no futebol do Espírito Santo, portanto, em vez de pagar fortunas
de impostos que pagam hoje por licenças ambientais, as duas empresas engambelavam
o povo e torcedores com futebol, a política do pão e circo, como faz a
Petrobrás até hoje com alguns clubes pelo Brasil afora.
Naquela
época, era comum vermos boas partidas de futebol, principalmente no estádio Engenheiro
Araripe, onde, caso faltasse energia nos jogos a noite, o partida prosseguia, com o estádio iluminado pelas labaredas de fogo dos fornos da siderúrgica de Ferro e Aço em Jardim
América. Com isso, até hoje imaginamos
que o nosso futebol existia, como realmente presenciávamos boas partidas
em Vitória, mas tudo a troco da nossa própria desgraça, ou seja, em troca
da poluição do ar que respiramos.
Com isso senhores leitores deste blog, nossa decisão de passar a limpo a história de Ibiraçu e de alguns de seus filhos, por mais defeitos que elas possam ter, não deixará de ser lembrada aqui, porque criticar absurdamente é tão maléfico às pessoas, como escondermos determinadas verdades sobre elas e suas histórias, como por exemplo é o motivo do fracasso do nosso futebol, que muitos, inclusive eu, como disse, atribuímos a uma pessoa que não tem toda responsabilidade pelas condições precárias que o futebol capixaba se encontra, exatamente por não mais existir dinheiro sujo de poeira de fornos de ferro injetado nele, como não há mais a poluição de carvão na siderúrgica de Ferro e Aço e CVRD que havia e era jorrada à atmosfera sem qualquer controle e no futebol do Espírito Santo, o qual, era forte quando tonificado por dinheiro que ninguém nunca auditou para saber sua origem e quantidade.
Portanto, uma corrupção sem precedentes que dela ninguém quer falar, em troca de diversão momentânea que se acabou, juntamente com o surgimento da criação do órgãos de controle ambiental, onde obrigatoriamente as empresas passaram a gastar o dinheiro que colocavam em nossas engodadas diversões.
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