domingo, 1 de abril de 2012

TORTA CAPIXABA E A PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Como acontece todos os anos no Espírito Santo em épocas de semana santa, devido a qualidade da nossa tradicional torta capixaba, o mercado de palmito e do bacalhau já está operando a todo vapor e com os preços majorados.  Mas  a grande notícia sobre essa nossa tradição capixaba, é que, a cada ano que passa, observa-se que os palmitos nativos praticamente desapareceram do mercado, dando lugar aos palmitos de pés de coco, que são retirados para introdução de novas lavouras da mesma palmeira, além de palmitos de outras espécies que são cultivados por toda região Norte capixaba, com destaque para o pupunha.

                                                        Pé de palmito nativo

Na verdade, o desaparecimento não pode ser atribuído a extinção dos  palmitos nativos, mas muito pela consciência de preservação adquiridas por quem lhes explorava.  É raríssimo vermos palmitos nativos, que, por sinal, são os mais saborosos, apesar da proibição, principalmente o Iri, o naia-mirim  e o naiaçu, este muito apreciado pelos agricultores dessa região de Ibiraçu  há muitas décadas.  

Existe uma diferença muito grande na  qualidade de uma espécie de palmito para outra. Em São Mateus, por exemplo,  hoje  utiliza-se para  fazer a torta capixaba o palmito de coco,  mas muitos ainda fazem com os gigantescos palmitos nativos da espécie dendê, que, segundo os mateenses, é o que pega  mais tempero, deixando-o saboroso.

O espírito  Santo na verdade  é o que domina o mercado culinário nesta  festa de páscoa, porque, além da  nossa famosa   torta capixaba, temos os chocolates da  Garoto, outro orgulho de nossa terra.

Se oferecemos alimentos de qualidade  e saudáveis sem precisar destruir a natureza,  mostramos que somos competentes e  desenvolvidos. E assim devemos seguir.












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