Como forma
de colaborar com o desenvolvimento agrícola desta nossa região, esta semana, convidamos
o senhor Amauri Curto, advogado, contador e empreendedor no setor agrícola de reflorestamento com plantas nativas, na localidade de Baixo Taquaraçu, Ibiraçu, que nos relata essa nova
experiência na agricultura municipal.
O projeto de
reflorestar com árvores nativas, o Cedro, como faz o senhor Amauri Curto, está dentro
das perspectivas para o futuro da economia capixaba, que tem levado muitos a acreditarem
que essa nova alternativa no setor
agrícola poderá ser o principal substituto na geração de recursos e no fortalecimento
das exportações pelos portos do Estado do Espírito Santo, que sofrerão queda brusca com a extinção do Fundap.
Ibira Sul:
Como surgiu a Ideia de reflorestar com plantas nativas?
Sr. Amauri Curto: A escassez de madeira nativa iniciada
há algumas décadas, me despertou para esta atividade agrícola que tem mercado promissor. Então, há aproximadamente uma década, decidi reflorestar
algumas hectares de terra.
Consórcio de árvores de Cedros e café, uma produção garantida
Ibira Sul: Por ser um cultivo que só trás
resultado a médio ou a longo prazo, não desanima os agricultores a iniciarem esta jornada?
Sr. Amauri Curto: Não! O Cedro, que é a espécie que plantamos, mesmo sendo uma planta nativa, não é tão demorada, mas melindrosa. Só se desenvolve
em terra relativamente fértil. O solo do município de Ibiraçu, principalmente aonde fizemos a floresta de Cedros,
tem qualidade boa para este tipo de plantio.
Quanto ao
resultado, sabemos que o crescimento do Cedro é lento, mas não atrasa muito mais do que o
eucalipto. Para quem cultiva madeiras nativas, se decidir, poderá começar a colher com
aproximadamente uns dez a doze anos, e o colocá-lo no mesmo mercado do destino do eucaliptos, que servirá, tanto para embalagens, paletes, como para o próprio carvão. O conselho plausível é o produtor esperar até atingir doze a quinze anos, quando passa a ter um excelente valor, por que já começa a ser usado nas fábricas de móveis.
Ibira Sul: Tem outros agricultores do Município
reflorestando com o Cedro?
Sr. Amauri Curto: Sim! Na localidade de Palmeiras, também
em Ibiraçu, existem algumas florestas mais antigas, e as perspectivas dos agricultores são ótimas. Eles já falam em se cooperarem com produtores do setor de outras regiões, e assim obterem melhores resultados nas vendas, por tratar-se a madeira nativa extraída de reflorestamento um grande produto de exportação.
Consórcio de árvores de Cedros e banana da terra
Ibira Sul: A sombra das árvores de Cedro, permite o cultivo de outras
lavouras consorciadas?
Sr. Amauri Curto: Sim! Sob a copa das florestas de Cedros, é possível cultivar em conjunto
o café, a banana da terra, e até o cacau,
se para este o solo for adequado. Fizemos esta experiência e o resultado tem sido satisfatório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário