Certa ocasião estava sendo realizada uma procissão no centro
de Ibiraçu, caminhando da igreja matriz ao seminário. Era uma noite de sábado,
e já havia saído o resultado do jogo de
bicho. Na procissão encontrava-se o saudoso seu Leonêncio Barbarioli, que era o
cambista que fazia jogo de bicho na cidade, que, como os demais fiéis, seguia
normalmente cantando um hino religioso.
Ao passar em frente ao bar do seu Geraldo Caldeira, onde
hoje é o Banestes, o servidor público municipal “Clóvis Boca de Bueiro” que na
calçada estava, e naquele exato dia tinha feito uma fezinha no jogo de bicho
com o próprio seu Leonêncio, ao vê-lo, decidiu
entrar na procissão para saber o resultado do jogo, mesmo depois de ter tomado
umas cachaças. Clovis seguiu com os fiéis e se aproximou do seu Leonêncio, tendo
no ritmo do próprio hino que era cantado, perguntado:
“Seu ♫ Leonêncio
♫
que bicho que ♫ deu?
Assustado, seu Leonêncio se curvou e viu que se tratava de “Clovis Boca de Bueiro” um
cliente do jogo de bicho que jogava todos os dias. Para não contrariá-lo, mesmo
naquele momento inoportuno seu Leonêncio
decidiu dar o resultado, e depois de alguns minutos assim fez. Retardou a
caminhada na procissão, e se postou logo atrás de Clovis para, também, no ritmo
do hino religioso que era cantado pelos
fiéis exclamar:
“Avê, ♫ avê, ♫ avêêêêêtruz! E assim atendeu seu cliente, que, sem ninguém compreender o
que havia acontecido, no meio da procissão gritou:
“GANHEI”!
Seu Leonêncio se apavorou com o grito de Clovis e disse:
"NÃO, BURRO"!
"NÃO, BURRO"!
Quem curvou-se para trás desta vez foi “Clóvis Boca de Bueiro”, que bêbado e sem
entender, devido o barulho do hino cantado pelos fiéis
perguntou em alto e bom som:
"DEU AVESTRUZ OU DEU BURRO"?
E aí a confusão começou.
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