Quando o médico doutor
Barroso, então prefeito de Ibiraçu, inaugurou a hidrelétrica da Barragem para atender a demanda de energia da cidade,
decidiu, também, paralelamente, inaugurar um telefone de uma única linha, entre
a casa de máquinas da hidrelétrica e a sede da prefeitura, para ser usado em
casos de emergências.
No dia da inauguração, doutor
Barroso combinou com o renomado e experiente servidor público municipal, o senhor
Argemiro Gratz, para que ficasse na casa de máquinas e atendesse o telefone, depois de explicar que tratava-se de um telefone de
uma linha só e ligado diretamente ao gabinete do prefeito.
Postados cada qual em seu lugar
para a inauguração, doutor Barroso, cercado de curiosos populares que haviam sido convidados, pegou o telefone
para inaugurá-lo e fez a primeira ligação, logicamente para a Barragem. Devido algum
problema, o que era comum, a ligação não se completou. O prefeito insistiu
inúmeras vezes, mas nada do aparelho telefônico, que era viva voz, funcionar.
Depois de reiteradas
tentativas, já bastante nervoso e suando sob a pressão e olhos dos populares que acompanhavam decepcionados
a falha na ligação do aparelho, eis que a linha se completa. O prefeito aguardou o atendimento com o aparelho no ouvido, e, depois
de inúmeras chamadas, alguém atende.
Para surpresa, não foi o senhor Argemiro que atendeu, conforme estava combinado, pois, havia instantaneamente se ausentado do local, mas um funcionário daquela hidrelétrica que ouviu o barulho da campainha,
se aproximou, pegou o telefone e perguntou:
“de
onde está falando”.
Já nervoso, pensando tratar-se do senhor Argemiro, depois de ter-lhe
explicado inúmeras vezes que era um
aparelho de uma linha só, o que não poderia ser de outro lugar senão da prefeitura, doutor Barroso não se conteve e disse, para surpresa dos
presentes:
“É da puta que pariu”.
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