segunda-feira, 30 de julho de 2012

OPORTUNIDADE PARA O RESGATE DA HISTÓRIA.

Mesmo com toda tradição que o município de Ibiraçu teve no período de sua colonização e durante muitas décadas após, quando o principal meio de transporte - exceto, depois, o trem de ferro  -, era em lombos de animais, ora tropas que puxavam café para os moinhos e armazéns espalhados por todo município, dentre elas os da sede, de Pendanga, Piabas, Demétrio Ribeiro, Barra do Triunfo, etc, ou então, para o transportes das próprias pessoas, atualmente esse importante fato histórico de nosso município está praticamente em extinção. As propriedades com potenciais para criação de animais estão se transformando em florestas de eucaliptos. Aquele meio de transporte marcou a vida dos ibiraçuenses por muito mais de meio século e não poderia desaparecer da nossa memória. Ele precisa continuar existindo, mas dentro de uma proposta moderna, ou seja, com animais de raça e dóceis que pouco sacrificam os que lhes usam, principalmente as crianaças.

Precisamos resgatar estes fatos históricos que marcaram a vida das pessoas de Ibiraçu por várias gerações, numa proposta séria e com caráter exclusivamente para o lazer, dentro do setor de agronegócio. O interior de Ibiraçu é muito bonito e de pessoas simples! Tem estradas para todos os cantos, clima, matas, nascentes d´água de qualidade espalhadas por todo o território, o que é importante, tanto para o cavaleiro como para o próprio animal que necessita de abastecimento com frequência, diante da região  íngreme. Temos ainda magníficas sedes de fazendas com seus casarões coloniais da arquitetura construídas pelos imigrantes italianos, muitas que podem se reestruturadas e oferecer alguma espécie de serviços ou produtos(pousadas, queijo, restaurantes, linguiça, criações, enfim, temos potencial, conforme a própria história nos comprova. Nossos governantes precisam continuar lutando e facilitando a chegada de empresas industriais sim, como foi feito com a Fiesa, mas que recentemente, e infelizmente, fez demissão coletiva e praticamente parou de funcionar. Temos que estar atentos para  que os ovos não sejam postos numa única cesta, porque, como disse o grande economista  escocês Adam Smith, se ela cair, quebram-se todos. É só observar o que aconteceu com a Fiesa e outras empresas que tentaram prosperar em Ibiraçu com o apoio do poder público, que em muitas oportunidades voltou os olhos somente para o setor industrial, o que nunca foi nossa tradição,  esquecendo-se da tradição secular da nossa agricultura, o eterno nosso carro-chefe. Alguém da nossa classe política, dentro de um proposta séria e sem politicagem, seja o prefeitoª, oª vereadorª, o secretário de agricultura, ou outra pessoa de outro órgão público qualquer, precisa tomar a iniciativa de planejar com nossos agricultores, pecuaristas e com quem gostam das cavalgadas e abrir  o assunto com responsabilidade e compromisso, não  somente eventos esporádicos com fins eleitorais.

A título de ilustração, a candidata em quem votaremos para vereadora, Viviane Barbosa Sfalsin, é uma das poucas mulheres que pratica cavalgadas em nosso município e ama este esporte, ainda que rústico. Ela, em em companhia do pai, esposo, irmã e amigos da localidade de Palmeiras, participa de todos os eventos que são realizados.

Então?  Não  existe o principal, que é a vontade e persistência de não deixar esta tradição cair, necessitando somente de uma força política para o fato ganhar visibilidade? Ela resume condições para desenvolver um projeto de agronegócio, porque reluta para se manter morando no interior,  o que já  é um grande desafio e merece todo nosso  respeito.

Viviane, que também é da família Tótola, uma jovem mulher agricultora de Ibiraçu de 27 anos, mesmo mãe de dois filhos infantes, não demonstra-nos ser uma pessoa corajosa que quer enfrentar o que os demais políticos de Ibiraçu não tiveram coragem de assumir?

Nós temos que continuar acreditando que alguém pode lutar pelos ideais de boa parte das pessoas de um município, principalmente do interior. E ideias assim, há quem quer desenvolver, restando-lhes somente uma oportunidade, o que acreditamos que estamos colaborando para que passe concretamente a existir em Ibiraçu.              






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