terça-feira, 15 de maio de 2012

ETAPAS DA VIDA


Dias atrás, ao falar do “Rock In Biquinha”, o pequeno evento que faremos no horário noturno do dia 11 de agosto próximo na Biquinha  - pequeno por que não tem chances, por sua própria natureza, de ser grande, primeiro por questão de espaço, segundo de estrutura e dinheiro para investimento  -,  comentei que Ibiraçu é, na região, o lugar número um na preferência para divertimento noturno. E isso é verdade há muitos anos.

Os demais municípios, apesar da estrutura de Aracruz, por exemplo, realizam alguns eventos, abrem alguns comércios noturnos, mas em pouco tempo perdem o atrativo, e muitos acabam baixando as portas. Em Fundão, o clube Maracaiá mantém uma tradição de mais de 40 anos abrindo todos os domingos a noite. Contudo, neste mesmo período que funciona, alguns jovens ridículos insistem em brigarem, como acontecem praticamente todos os domingos, uma selvageria que tira o brilho do evento e espanta os jovens, principalmente de outros municípios que prestigiam o dançante, os quais se tornam alvos de agressões, conforme constatamos quando lá trabalhávamos na Depol.  

Até há vinte, trinta anos, os sábados na cidade de Ibiraçu era uma espécie de festa, linda por sinal. Existiam o Rosaléns Bar, em frente a prefeitura, o bar de tio Pedro Pignaton, na própria Cond´Eu e esquina da Domício Martins da Silva, atraía gente de todos os locais, inclusive pessoas de famílias de Ibiraçu que moravam em Vitória e no Rio de Janeiro. Ambos os comércios, somados ao ASC[Aricanga Social Clube], que funcionava aonde  hoje é a Câmara Municipal, ofereciam opções, tanto para dançar, como para tomar um chopp ou tomar um sorvete e a juventude se esbanjava. Os casamentos, festas de debutantes, formaturas escolares, bailes, posse dos políticos, carnavais, eram todos no ASC.

Naquela época, não havia drogas, o  que está espantando muitos  jovens das ruas, e não havia a internet, novidades espetacular, mas que tem mantido os jovens dentro de casa, se divertindo a distância, o que ceifou a interação pessoal.

João Neiva, diante das suas bonitas mulheres, até quando  pertenceu a Ibiraçu, era também um bom lugar para se divertir,  mas nunca foi igual a Ibiraçu. Lá havia a Xinoca, uma grande lanchonete no centro, e também a Cabana, na rua Sete, que não perdurou por muitos anos, mas enquanto manteve-se aberta,  era o point da galera da região, fato que ocorreu um pouco depois do auge noturno que foi a cidade de Ibiraçu.

Quando falamos em resgatar esses valores de nossa cidade, como disse na matéria anterior, sei que estamos falando praticamente ao vento, porque a possibilidade é interrompida pelo mundo moderno, mas  pelo menos vamos tentar rsgatar essa tradição de Ibiraçu. Basta promover eventos no contexto atual, que tem o rock como preferência, e incentivar nossos jovens a aproveitarem as oportunidades que surgem. Do contrário, ou seja, da forma que estamos vivendo, as vidas de jovens de hoje serão 100%  bifrontais a tela de computador. É preciso que saíbam que cada etapa da vida, infelizmente é única, e o seu não  aproveitamento, será para sempre.    


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