Quando apareceram os
primeiros chuveiros elétricos, instalaram um no banheiro dos funcionários
da serraria do senhor Otaviano Modenesi, que ficava na entrada da localidade de
Valada Maffei, lugar então conhecido por Lagoinha. Aquele fato novo se tornou a
grande surpresa de todos.
Numa fria tarde chuvosa de inverno,
chegou a serraria o senhor Florêncio Sagrillo, popularmente conhecido por “Sagrilão”,
juntamente com um motorista de caminhão que vinha do mato, carregado de toras
de madeira para serem serradas. “Sagrilão” fez uma horinha no pátio da serraria
e depois se dirigiu a vendinha do senhor Gardiman, conhecido por “Bigode”, onde
tomou uns conhaques, falando em seguida que iria tomar um banho, como sempre
fazia quando chegava na serraria, pois, era pessoa muita amiga e conhecida do proprietário.
Meio bêbado, “Sagrilão” se
dirigiu ao banheiro e logo observou que
havia algo diferente. Não sabendo do que se tratava,
por que ninguém havia lembrado de
lhe avisar, despiu-se e foi tomar o banho. Mexeu de um lado e do outro, e não
conseguiu colocar o chuveiro para
funcionar, por que nem água saiu. Já aborrecido, decidiu torcer o próprio
chuveiro até onde pode, e junto dele a fiação, quando deveria somente torcer a
torneira que estava na parede na altura do
umbigo.
Para sua surpresa, o chuveiro
enfumaçou, deu um estalo, incendiou e vasou a água do cano quebrado, levando “Sagrilão” , que estava
pelado no meio daquele monte de faísca, o que ele nunca havia visto, a tomar um violento choque, e, tonto, deixar o
banheiro e sair correndo enrolado numa toalha, gritando para os que se encontravam
nas imediações:
“SOCORRO! UM RAIO CAIU DENTRO
DO BANHEIRO”.
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