Quando meu pai era
proprietário do terreno que hoje são as ruas atrás do posto Padre Eustáquio, bairro
São Cristovão, Ibiraçu, o então açougueiro da cidade, Jocarli de Almeida,
colocava alguns animais de corte naquela propriedade para serem abatidos vagarosamente.
Praticamente todas as semanas ele retirava duas ou três cabeças.
Para retirar os animais,
Jocarli ia numa caminhonete de carroceria, e levava o seu fiel auxiliar, “Caboclinho”, um membro da família
Rosa e morador do bairro Boa Vista, acredito que uma das mais remotas família de
Ibiraçu.
Certo dia, quem voltou a
propriedade na caminhonete para apanhar um garrote foi o amigo de Jocarli, o
também açougueiro conhecido por “Zé Defunto”. Saiu de pasto afora na propriedade
com a caminhonete, mesmo sem estrada definida, e com vários de nós garotos na
carroceria, inclusive “Caboclinho”, que como sempre, naquela oportunidade
também estava bêbado, o normal como ele trabalhava. Num murundu destes que há
no meio do pasto e que engana as pessoas, “Zé Defunto”, que também vivia
praticamente de fogo, dividiu-o ao meio, colocando a caminhonete em um estado
que, qualquer balançadinha a tombaria. Rapidamente parou a caminhonete, e de
vagarzinho abriu e saiu pela porta do carona, se dirigiu ao topo do murundu e gritou: “pula todo mundo que o carro vai
tombar”. Todos pularam do lado contrário ao perigo desenhado, exceto “Caboclinho”,
que pulou do lado de baixo, o que foi o
suficiente para a caminhonete deitar com um touro amarrado sobre ela.
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