terça-feira, 5 de junho de 2012

NADA MAIS DO QUE A VERDADE


Às vezes as pessoas leem algumas de nossas resenhas e pensam até que não somos  oposição a administração pública municipal que impera há mais de duas décadas no município, quando na realidade estão equivocados se assim pensam, pois, sou na verdade um desiludido com a nossa política, exatamente pela forma que fui e sou tratado, o que acredito não merecer, conforme relato.

Sempre, em toda minha vida, militei politicamente defendendo a oposição de Ibiraçu, e sonhando com outro modelo político. Foi assim em 1978, quando contrariei meu próprio pai que apoiava um candidato a Deputado Estadual de João Neiva, para votar em Jauber Pignaton que disputava o mesmo cargo e era  genuinamente de Ibiraçu.

Depois, em 1982, novamente  estivemos na campanha de Jauber Pignaton à prefeito, oportunidade inclusive que fui o motorista do candidato, pilotando um fusca que Pedrinho Campagnaro emprestou para a campanha. As vezes chegávamos em casa duas horas da madrugada

Prosseguindo, em 1988 entramos na campanha de Roque Peruch, pois, naquela oportunidade, ainda  pagava aluguel na pastelaria “Parada Ibiraçu”, portanto, era o proprietário e possuía alguns trocados e com eles colaborei como pude. Assim foi em 1990, ou seja, quando ainda tinha a “Parada Ibiraçu” alugada, a qual estava mais estruturada financeiramente, quando também colaborei e conseguimos uma vitoria de Jauber  Pignaton a Deputado Estadual.

Já em 1992, quando Zé Pignaton foi candidato a prefeito e lhe furtaram a vitória na eleição, estive presente inclusive como candidato a Vereador, oportunidade que consegui ser suplente, depois de perder a eleição por  três votos para Aloir Piol, dificultado pelo excessivo número de familiares que disputaram o pleito, ou seja, dez candidatos, o que não justifica o meu fracasso nas urnas, este que atribuo aos traíras em quem já havia votado e elegido antes, mas que desistimos de seguir com eles, por  não apresentarem um perfil político independente que prometia prosperidades, apesar de suas transparências e honestidades.    

Em 1994, Jauber Pignaton foi candidato a Deputado Federal, e novamente caímos em campanha. A principal realização, na qual ajudamos com afinco, foi o 1º Encontro da Família Pignaton, realizada no dia 17 de julho daquele mesmo ano, data inclusive que o Brasil foi campeão brasileiro contra a Itália, quando  Ibiraçu recepcionou quase duas mil pessoas da nossa família.

Em 1996, já estava exercendo a função de Escrivão em São Mateus, mas mesmo assim estivemos simbolicamente na campanha de Julio Moro, quando novamente  colaboramos, mas infelizmente não obtivemos êxito, candidatura inclusive que me condenam até  hoje de  ter inventado, o que é inverídico, pois, Julio era um Vereador atuante do PMDB, e teve coragem de enfrentar o auge dos desmandos que imperava no Espírito Santo. Se não tivesse sido candidato naquela  oportunidade,  ele teria abandonado o  PMDB desde aquela data, o que  fez dois meses depois de derrotado. Nisso eu confesso ter interferido para evitar a debandada, porque sabia do seu desiderato.

Em 1998, entramos de corpo e alma em São Mateus na campanha de Jauber Pignaton para Deputado Estadual, o qual, obteve 175 votos naquele município, depois de  fazer uma única visita de  quatro horas a cidade.  

Já em 2000, era eleitor em São Mateus, onde me envolvi, infelizmente, na campanha de  Rui Baromeu do PMDB, partido onde nós militávamos naquele município, portanto,  não estive na campanha de Tião Mattiuzzi em Ibiraçu.

Em 2002, já de retorno a Ibiraçu, voltamos a atuar na política, quando elegemos Cesar Colnago a Deputado Estadual, Casagrande  a Deputado Federal e  Paulo Hartung a  governador. Com a vitória dos três candidatos, que inclusive foram lançados em Ibiraçu no primeiro jornal comunitário O Aricanga, engrenamos a campanha, estruturamos o PC do B, onde fui o Presidente,  filiamos 145  membros,  lançamos o segundo jornal O Aricanga, oportunidade que lançamos Jauber Pignaton a prefeito em 2004. Prosseguimos com o jornal e com o carnaval que inventamos, pegando para tanto dinheiro emprestado (dez mil reais com Tarcisio Pignaton,  o qual devo até hoje), fomos processados como diretor do jornal pela  senhora Naciene Modenesi, então prefeita, devido irregularidades em alguns números apresentados pelo então Vereador Elias Depizzol,  mas, quando chegaram as urnas, nossa  resposta foi dada e conseguimos realizar o sonho de  todos os  ibiraçuenses, que perdurava sofrido  há dezesseis anos.

Bom, quando  vencemos,  a  primeira coisa que  me aconteceu, foi ser rechaçado, quando me cassaram o direito de dizer um “A” sequer ou de participar até mesmo da posse, pois, como Presidente do PC do B, não  fui convidado, depois de  conseguirmos novecentos votos e eleger um Vereador,  inclusive cassaram a  participação do Monge Daiju San, a quem atribuo aquela  vitória de 2004,  pois, sou testemunho de que foi ele que trouxe o então Senador Gerson Camata  com sua mulher Rita de volta a um  palanque da oposição em Ibiraçu, além de  ter trazido o governador Hartung para tirar a  fotografia   oficial de Jauber e Diogo dentro do próprio município, como foi feita no Mosteiro, pois, todos os demais candidatos a prefeito do Estado,  tiveram que se  dirigir ao Palácio Anchieta para fazerem suas fotografias com o governador Hartung,  onde inclusive havia um cômodo com o fundo  azul exclusivo para este fim.

Pois então senhores que pensam que sou situacionista, vocês estão equivocados se imaginam que deixarei de ser oposição, por que nela está minha vida, história e raízes.  Jamais  alguém irá me convencer que não  devo  prosseguir no  caminho do sonho  de um dia  ver Ibiraçu isento  de  comportamentos que   nos  decepcionam,  realizados  por todos que na cadeira de prefeito sentaram nesse período que  estou envolvido em política, sem nenhuma exceção, apesar da excelente qualidade das duas administrações de Jauber Pignaton, e também, da  gestão  de Tião Mattiuzzi.   

Quando interajo com a PMI para realizar, por exemplo, o carnaval ou a arborização da Biquinha,  atitude que são espalhadas pela cidade como mudança de lado político de minha parte, com intuíto claro de querer me denegrir, simplesmente estou viabilizando tornar o poder público municipal um  parceiro necessário nestes eventos culturais ou popular de nossa cidade, o qual, somente tivemos a  felicidade de inventar, mas que é realizado por todos. Desta forma, evito também gastar dinheiro, o que sempre fiz, assim como outros também sempre colaboraram com dinheiro em tais eventos.

Desaprendi a fazer política jogando pedras, como outrora muito fiz. Portanto, não me sinto hoje animado a entrar novamente numa campanha eleitoral, porque sei que deve existir uma organização antecipada de anos para se ter sucesso, como a que já me convidaram à participar nas eleições municipais de 2016, na qual já prometi me envolver como fiz nas campanhas que fomos vitoriosos, e também  derrotados até aqui, mesmo  com toda seriedade, porque sei que é uma proposta séria e oriunda de quem tem perspicácia e sabedoria, e não de alguém que fala sem objetivo e rancoroso que faz política amadoramente, quando o nosso  caso, de Ibiraçu especificamente, requer  muito profissionalismo.

O que não pretendo mais na política é embarcar em aventuras, ainda que elas sejam vitoriosas, como  a que ora está se desenhando para o próximo pleito, quando por exemplo o partido expoente no nosso município, o PMDB, símbolo da oposição, irá apresentar na disputa deste ano dois ou três candidatos a vereadores, idem, segundo comentários, o PT, sigla que manda atualmente no Brasil e domina as massas populares, além do número de eleitores de fora, falta de recursos, etc. Então pertgunto: Existe organização e ânimo para nos envolver?

Depois, voltarão a me condenar porque vou somente votar. Mas, como posso  me envolver numa coisa que  não vislumbra qualquer oportunidade, diante de uma profunda desorganização?

Melhor mesmo é me acomodar na plateia e ver o desfile passar, composto dos poucos candidatos e dos celebres assessores da adminsitração municipal 2005/2008, os mestres da nossa sabedoria política. Aliás, será que um deles vai por a cara na reta? Duvido muito.








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