Na década setenta passada, os
amigos ibiraçuenses “Nono” Bruzadelli e “Tota” Ferreira, decidiram irem
caçar Jacupemba na localidade de rio Preto, região aos fundos da estância Broetto. A caçada a Jacupemba,
normalmente é praticada no limiar do dia. O caçador chega, ainda escuro, e se
acomoda sob a fruteira, árvore de imbaúba, ou então de uma frutinha da Mata Atlântica chamada murici, acredito que esta a preferida
da ave.
De bicicleta, “Nono” e “Tota” seguiram para rio Preto, com uma
espingarda cada, pendurada no ombro. Assim que chegaram a um pé de imbaúba,
ambos se acomodaram estrategicamente em moitas de capoeiras diferentes, de modo
que facilitasse atirarem, caso a Jacupemba chegasse. Porém, como estava escuro
e não acenderam lanterna para não despertar a ave, um não viu a moita de mato que o outro se acomodou. Ficou cada qual em seu
respectivo lugar, mas o dia clareou sem que nenhuma Jacupemba tivesse se aproximado.
“Tota”, homem sem muita
paciência, ficou aborrecido por ter perdido a viagem. Mesmo assim se manteve na moita que havia escolhido, onde aguardou o
seu companheiro se manifestar para juntos voltarem para casa. Enquanto estava na moita aguardando e fumando um cigarro, “Tota” observou um movimento
numa moita próxima. Acreditando tratar-se de algum bicho, sem muito pensar, ele decidiu dirigir a espingarda que portava na
direção da moita que se movimentava lentamente, arrastou o dedo no gatilho e detonou.
Para sua surpresa, quem havia balançado a moita era o seu companheiro “Nono”, que foi atingido pelos caroços de chumbo no rosto e ficou ensanguentado. "Nono" se ergueu da touceira e gritou: “Tota”, você me matou! Vou correndo à Delegacia
contar para o Delegado Guilherme”.
Em seguida, acomodou-se na bicicleta e pedalou até a cidade, com o rosto todo respingado de sangue provocado pelos caroços de chumbo, sendo seguido por "Tota” que tentava lhe convencer deixar o caso para lá, tendo ambos tomado uma bronca do Delegado, devido ao acontecido.
Em seguida, acomodou-se na bicicleta e pedalou até a cidade, com o rosto todo respingado de sangue provocado pelos caroços de chumbo, sendo seguido por "Tota” que tentava lhe convencer deixar o caso para lá, tendo ambos tomado uma bronca do Delegado, devido ao acontecido.
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