segunda-feira, 10 de setembro de 2012

FALTA ALTERNATIVAS

Aproveitando a folga que agora tenho por estar trabalhando em horário de plantão noturno, na tarde de hoje dei uma volta de motocicleta pela região Oeste de Ibiraçu. Estive em Saúna, no município de João Neiva, e em Costa Pereira, bucólica localidade na divisa dos municípios de Ibiraçu e João Neiva, cortada pelo rio Pau Gigante e dentro da estrada de acesso a Santa Teresa. No trajeto, passei por muitos caminhões, e até carretas, carregadas de eucaliptos, fato que comprova que a madeira extraída de suas florestas, mesmo sendo uma monocultura de retorno lento, é uma espécie de produção que tem agradado os agricultores do nosso município. Comprovamos também que se eles têm coragem para esperarem as florestas de eucaliptos se formarem para negociá-las, logicamente que teriam a mesma coragem para desenvolver outras alternativas enquanto aguardariam o crescimento das florestas.

Isso só se tornará possível quando alguém do poder público, de coração aberto e com um debate amplo com as pequenos produtores da agricultura familiar de Ibiraçu, que são a grande maioria, por que aqui não há latifúndio, tomasse a iniciativa e se prontificasse em apresentar alguma proposta. Esperar, é sem dúvida uma relevante qualidade dos agricultores de Ibiraçu, mas existir outras atividades simultâneas no campo paralela as florestas  de eucaliptos, é a grande e plausível saída econômica para o Ibiraçu do futuro que merecemos.

A título de conhecimento, a empresa  ibiraçuense de água de coco "G G", sediada em  Pedro Palácios  já trouxe frutas do Estado do Ceará para abastecer aquela expoente empresa do nosso agronegócio, assim como faz a empresa Vinhedos Tottola em Terra  Fria, Ibiraçu, que trás frutas de outros lugares, muitos distantes inclusive, para complementação de sua produção .

Nunca podemos deixar de sonhar que a localidade de Terra Fria em Ibiraçu, que agora é uma espécie de Colina de Burgo Escuro, porém melhorado e moderno, mas típico de Ibiraçu de outrora, pode um dia talvez ser um lugar turístico de grandes proporções, não como Pedra Azul da classe alta, mas Terra Fria da classe alta e média. Clima, povos rústicos e modernos vivendo como silvícolas nós já temos naquela região o que representa o principal gancho econômico do nosso eco-agronegócio.

Então? Não é pensar, refletir e lutar, principalmente para descobrir o significado da palavra sustentabilidade no campo e antes que todos o abandone que Ibiraçu está precisando?

Não é possível que nestes campos e  colinas tão bonitas que temos em Ibiraçu, em seu solo uma flor não  possa desabrochar para contrastar com a quase monocultura das florestas de eucaliptos?  Há lugar para todas as colheitas.

"FICA, MOÇO,  NÃO VÁ"      

http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/11/noticias/a_gazeta/opiniao/1033799-fica-moco-nao-va.html



 

   

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