Trabalhei no último final de semana no DPJ da Serra-ES, talvez um dos mais violentos que presenciei em quase vinte anos no exercício da profissão como Escrivão de Polícia. Na realidade, a situação está tão tensa na guerra do tráfico, que se policiais de uma viatura abordar normalmente um usuário de drogas na rua de um determinado bairro, e, naquele mesmo dia, ou nos dias seguintes, coincidentemente houver alguma prisão de traficantes de droga no mesmo bairro, a pessoa que foi abordada por policiais acaba pagando com a própria vida por ter feito um simples contato com a polícia, pois, ela passa a ser interpretada pelos traficantes como se fosse 'dedo duro', ou seja, colaborador da polícia no combate ao tráfico e quem declinou o nome dos traficantes que foram presos. É preciso ser cauteloso nas abordagens nos bairros de maior riscos para não deixarem as pessoas simples vulneráveis.
Para controlar essa violência sem fim contra a vida, o porte ilegal de arma de fogo deveria ter uma pena de reclusão bem mais rígida e sem direito a fiança.
Isso não resolveria esse problema tão grave que a sociedade brasileira enfrenta, o mais grave da nossa Democracia, onde os direitos estão sendo amplamente exercitados em todos os sentidos, mas inibiria o crime, porque ninguém pode pagar com a vida uma falha clamorosa do serviço público.
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