terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

VISITAÇÕES

As visitas ao IBIRA SUL aumentaram depois que postamos a fotografia dos irmãos Luiz e José Parense, que eram padres na 'Igreja de Piraçu"(conforme fotografia), e que chegaram da Europa para morar em Pau Gigante no início do século XX, juntamente com uma irmã, todos sepultados no cemitério de Ibiraçu, numa época que tia Mariquinha Pignaton era criança(sua última lembrança dos padres, quando ia em companhia dos irmãos entregar verduras na canônica para eles). Hoje tia Mariquinha está com 86 anos.  

Alguns acham que o título escrito na fotografia 'Igreja de Piraçu' trata-se de sons análogos ao se pronunciar 'bi' de Ibiraçu  e 'pi' de Piraçu(bilabiais), e que pode ter causado confusão a quem escreveu sobre a fotografia, letras aparentemente mecânicas(suposição minha), fato que pode ter acontecido no País de origem dos padres, a Alemanha, acreditando alguns que os fundos da fotografia não é a canônica da Matriz de São Marcos de Ibiraçu.

A minha opinião sobre o fato é da possibilidade de haver algum nexo com o estuário de Piraquê-Açu, por onde se chegava a hoje localidade que está sediada a cidade de Ibiraçu. A título de lembrança, na língua tupi-guarani Pira é poço(aquário onde guardavam peixes na antiguidade), 'Piraquê'(entrada de peixe) Açu(grande). Então Piraquê-Açu um grande poço de peixes, que nada impede que era a região da Baixa Barragem, quase no nível do mar, onde até  hoje é possível se pescar crustáceo como o siri.

Na sepultura dos irmãos, padres José e Luiz Parense e de suas irmã Anita, há outras informações que podem colaborar para sabermos se existe em outro lugar, além da fotografia, a palavra "Piraçu", que poderia talvez ser somente o nome da Igreja do local, antes de se chamar Igreja Matriz de São Marcos,  uma questão de circunscrição religiosa e  não uma questão política.

E se a confusão foi de quem criou o nome do município, Ibiraçu, em 1943, trocando-o pelo nome atual, visto que na criação, os padres já não existiam e a fotografia foi feita duas décadas antes da mudança de nome de  Pau Gigante para Ibiraçu, tempo suficiente para ser extinta a pronúncia real, até por que quem pronunciava e tinha acesso ao registro  "Igraja de Piraçu" era  pessoas de origem alemã, que não falam o latim?

Até publicarmos a fotografia, a possível confusão era  a pessoa que escreveu "Piraçu" na fotografia. Agora, a confusão é de todos.

Que imbróglio!

   
     

Nenhum comentário: