"Piraçu" é de pirar. Outra dedução que tenho sobre o título "Igreja de Piraçu" no quadro dos padres, é de que o criador do nome Ibiraçu, em substituição ao então município de Pau Gigante, também estava confuso, porque no início grifava-se o nome do município com dois "SS", Ibirassu"(só não estou certo se isso era oficial, ou então nome de algum jornal da época, como foram o 'O Operário' ou 'O Trabalho', um deles onde o ex-prefeito de Ibiraçu doutor Antônio Vescovi Possato publicava artigos sobre a política do município de Ibiraçu).
O criador do nome que prevaleceu, Ibiraçu, provavelmente enfrentou alguma oposição no processo, por que mudar o nome de uma cidade não é tão simples assim, talvez dos próprios padres da fotografia que queriam, ou sugeriram, 'Piraçu'. Mesmo prevalecendo a vontade de alguém, e seja lá quem foi(louvável a ideia), demonstrou pouco conhecimento da língua pátria de então(ainda bem acentuada como era a tupi-guarani), ao substituir o 'Ç' por dois 'SS'. Com a colaboração da igreja católica, preservou-se a língua indígena em quase todo o Espírito Santo, como são os municípios de Itaguaçu, Guaçui e o próprio Ibiraçu, que depois foi retificado em conformidade com o tupi-guarani na substituição de Ibirassu. A fotografia que provavelmente é de 1922/25, traz "Piraçu" já com cedilha, fato que ocorreu quase vinte anos antes da mudança do nome do município de Pau Gigante para Ibiraçu em 1943.
Salve exceções, as palavras indígenas grifam-se com cedilha. Os reflexos são de que todo o trâmite da mudança do nome aconteceu dentro de um campo de batalha política ideológica saudável, acredito. Basta sabermos se os referidos padres foram importantes para a evolução e desenvolvimento de Ibiraçu. Antes da construção da torre da matriz e do seminário foi(disto estamos certos), portanto, significativo para todos nós ibiraçuenses, assim como são todos os demais templos religiosos, lugares para o exercício da paz.
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