quinta-feira, 21 de março de 2013

JUSTIFICANDO UM CORTE DE BARRANCO

Desde 1999,  num terreno próximo a minha residência aqui na Biquinha, que pertencia ao senhor João Luis de Souza, a proprietária, através de um preposto, está tentando, com corte na barreira, acertar uns três ou quatro lotes para morar e negociar, o que não deixa de ser progresso para nossa cidade. A obra começa, ou seja, coloca-se o trator e as basculantes para  transportar a terra, e logo após é embargada pelos órgãos públicos, tanto municipal como estadual, diante das reclamações, e com razão, dos moradores da avenida Cond´Eu e de outras pessoas que vão a Biquinha pegar água, diante da sujeira que a terra arrastada pelos pneus dos caminhões faz pela avenida e pela rua João Luis de Souza criando desta forma transtorno para se chegar a fonte e pegar água. Na última oportunidade que o proprietário recomeçou a obra, há dois ou três anos, foi novamente embargada por ausência de licença ambiental do órgão público competente.

A proprietária legalizou a documentação exigida, pagou a multa, e, há uma semana aproximadamente, recomeçou a retirada da terra para finalizar a construção dos lotes. Contudo, devido a  forte chuva que caiu na última segunda-feira, novamente a obra foi suspensa, devido a lama que os caminhões que transportavam a terra arrastaram pelas ruas de Ibiraçu, o que na realidade não é bom para a imagem da nossa cidade, a qual foi removida pelo proprietário que deixou as ruas limpinhas.

Muitas pessoas  recorrem a mim, perguntando o que seria melhor para contornar a situação. Digo aos que me perguntam, que se o proprietário está munido dos documentos exigidos, inclusive do IEMA, a municipalidade deveria  apoiá-lo, ou seja, colocar algumas caçambas da prefeitura a disposição para transportar  a terra que o trator pago pelo proprietário retira e acabar de uma vez com esse problema que se arrasta a uma década e meia. A parceria que clamo junto a municipalidade  é uma ação justa, porque quando terminar de retirar a terra, será para sempre, porque na parte frontal do barranco que está sendo  construído serão erguidas residências, que funcionarão como uma cortina para esconder essa ferida exposta na natureza que sempre existiu no centro de Ibiraçu, ainda que tenha aumentado com a retirada da terra que começou em 1999. Além de esconder o barranco com as residências que certamente serão construídas, os moradores delas terão que fazer a manutenção das águas que caem do alto do morro, o que hoje é uma  obrigação do poder público municipal, mas que dificilmente cumpre em dia, pois, qualquer  chuva que cai  provoca erosão e o remanescente da lama fica por várias semanas  pelas  ruas. A proprietária do terreno que está sendo cortado fez um serviço de boa qualidade(que deveria ter sido feito pela municipalidade)  e desviou  80% da água das enxurradas, evitando  desta forma que as fortes águas continuasse totalmente seguindo para a avenida Cond´Eu, destruindo o calçamento, produzindo lama, ou poeira, quando seca,  criando transtorno às pessoas que caminham pela rua João Luis de Souza, etc.

Portanto, acho que a municipalidade poderia ser parceira do proprietário na retirada legal do resto da terra que há para a construção dos lotes e acabar com esse martírio de uma vez por todas e para o resto da vida. Desde  1999  cinco tentativas e cinco embargos foram feitos, o que gerou despesa para a própria prefeitura que   precisa  designar  várias trabalhadores ao   local para remover a terra que toda a vida desceu no local que estamos citando. Portando,  deixar a proprietária tocar  a obra nesta oportunidade  até o  término, já que  está legalmente autorizada,  será o  grande remédio e solução para todos nós de Ibiraçu. Inclusive se puder designar algumas caçambas de apoio para o transporte da terra seria mais do que justo, porque o que está sendo construído com a retirada do barranco pela proprietária do imóvel que está sendo  cortado,  parte do serviço é cabível a própria prefeitura, ou seja, evitar a descida de lama, como por exemplo ainda está acontecendo em frente ao prédio do Ministério Público da nossa cidade,  na subida para o seminário, apesar do esforço da atual administração para solucionar o problema, conforme ontem  lavou toda rua João Luis de Souza e outras de  vários bairros.

O que é inaceitável  é a obra aqui da Biquinha voltar a ser embargada, e daqui dois ou três anos os moradores de Ibiraçu terem que suportar tudo isso novamente pela 6ª  vez. Será o cúmulo do acúmulo de terra na rua  e de uma burocracia pública sem necessidades.      

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