domingo, 3 de março de 2013

CONTOS DE IBIRAÇU

Seu Modesto Campagnaro, assim como os senhores Emilinho, Pila,  Celestino, Orozimbo, Benjamim, Jacob  e Jorge Pignaton, Arlindo Vicente, Arcênio(escrito assim, salvo engano), Luis da Ross, Zé Locatelli, Joacir  Brotto eram torcedores fanáticos do Ibiraçu Esporte Clube. Eles ficavam sob vários pés de cocos da  Bahia que existiam nas imediações de onde é hoje o vestiário do estádio Marcão, com o então  profundo rio Taquaraçu aos fundos, onde torciam desesperadamente e  simultaneamente tomavam umas cachaças, gritavam, discutiam, brigavam, etc.

Seu Modesto usava uma calça de pregas e um sapato preto bem bicudo. Ele tinha o hábito, depois  de ingerir alguns doses de cachaça, que era comprada em litro por seu Emilinho no Alberto Maioli, simular com chutes as jogadas de ataques do nosso time. O Ibiraçu  não podia  chegar ao ataque que seu Modesto já estava dando pontapé no ar.

Numa tardinha de domingo, quase escurecendo, depois de um jogo bastante acirrado, o Ibiraçu Esporte Clube foi violentamente para fazer o último ataque tentando empatar um jogo. Os  ânimos dos citados torcedores estavam a flor da pele. No momento que o atacante do Ibiraçu levantou a perna para  dar o chute que empatou a partida,  aos oitenta e cinco minutos do segundo tempo, porque os mencionados torcedores não deixavam o juiz acabar o jogo antes de pelo menos empatar(a regra era ganhar), seu Modesto  deu um violento chute, mas que infelizmente, devido estar escuro,  pegou na costela de tio Jacob, este que tinha o hábito de assistir os jogos  do Ibiraçu agachado.

Naquele dia, o tempo fechou até mais ou menos a meia noite.

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